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Condenado pelo STF, Genoino entrega cargo no governo

Ex-presidente do PT ocupava função de assessor especial do Ministério da Defesa. Em carta lida nesta quarta-feira em SP, ele insiste na tese da inocência

Por Da Redação
10 out 2012, 12h46

Um dia depois de ser condenado pela prática de corrupção ativa pelo Supremo Tribunal Federal, o ex-presidente do PT, José Genoino, anunciou nesta quarta-feira que entrega seu cargo no governo Dilma Rousseff. Genoino era assessor especial do Ministério da Defesa desde março de 2011. A pasta é comandada por Celso Amorim. O anúncio foi feito por meio de uma carta, lida por Genoino à imprensa na porta de uma reunião da executiva nacional do partido, em São Paulo. “Retiro-me do governo com a consciência dos inocentes”, diz o réu condenado. José Dirceu também é esperado no encontro. Em uma série de impropérios desferidos contra a mais alta corte da Justiça brasileira, Genoino afirma: “A Corte errou. A Corte foi, sobretudo, injusta. Condenou um inocente. Condenou-me sem provas.” A carta traz logo em sua abertura a frase do cândido poeta gaúcho Mário Quintana: “Eles passarão, eu passarinho.” Com o anúncio de que Genoino deixará o cargo de assessor especial do Ministério da Defesa, a expectativa é que, nos próximos dias, ele se reúna com o ministro Celso Amorim para formalizar sua exoneração. O agora condenado réu do mensalão estava de licença médica para se submeter a um cateterismo, mas o prazo de afastamento expiraria nesta quarta-feira. O ministro Celso Amorim nega ter sido pressionado pelo Palácio do Planalto para exonerar Genoino de suas funções e não pretende levar a público críticas sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal de condenar o petista pelo crime de corrupção ativa. A auxiliares, Amorim credita ao trabalho do ex-presidente do PT as negociações para a criação da Comissão Nacional da Verdade, grupo de trabalho responsável por analisar violações aos direitos humanos ocorridos no período da ditadura militar. Histórico – José Genoino tem 66 anos e nasceu em Quixeramobim, no interior do Ceará. Ele era presidente do PT quando eclodiu o escândalo do mensalão. Genoino assinou contratos de empréstimos para justificar a entrada de dinheiro de corrupção nos cofres do partido. Foi denunciado por formação de quadrilha e corrupção ativa. No mesmo ano, Genoino recebeu o golpe derradeiro: já acuado pelas denúncias do mensalão, não resistiu à ridícula prisão de José Adalberto Vieira da Silva, assessor de seu irmão, apanhado com 100 000 dólares escondidos na cueca. Genoino acabou deixando a presidência do PT um dia após a prisão de Vieira da Silva. Réu no processo do mensalão, tentou mas não conseguiu se eleger deputado em 2010. No governo Dilma, o petista foi nomeado assessor especial do Ministério da Defesa em março de 2011.

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