Comissão aprova cota de 50% para mulheres candidatas
Proposta passou pela Comissão da Reforma Política no Senado, que encerrou os trabalhos; definição sobre voto em lista pode vir por referendo
A Comissão da Reforma Política do Senado aprovou nesta quinta-feira a instituição de cota de 50% para mulheres nas listas apresentadas pelos partidos durante as eleições para vereador, deputado estadual e deputado federal. O tema ainda depende do aval do plenário do Senado e da Câmara antes de ir a sanção.
Com a decisão, o grupo de trabalho encerrou as atividades. Foram cerca de três semanas de atuação, durante os quais os senadores rejeitaram o fim do voto obrigatório e aprovaram o financiamento público de campanha, o voto em lista fechada, o fim das coligações em eleições proporcionais e a possibilidade de candidatura avulsa (sem partido) nas eleições municipais.
Do outro lado do Congresso, no entanto, o debate sobre a reforma política ainda deve demorar: a comissão que analisa o tema na Câmara dos Deputados ainda não começou a deliberar sobre as mudanças propostas.
Pelo menos um dos temas debatidos entre os senadores ainda podem passar pelo crivo do eleitor. Nesta quinta-feira, a Comissão da Reforma Política também aprovou a convocação de um referendo sobre a instituição de listas fechadas em eleições para vereador, deputado estadual e deputado federal.
“Nós vamos, com o referendo, corrigir algumas distorções quehouve durante o processo”, explicou a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), uma das defensoras da consulta popular.
O ex-governador José Serra (PSDB) afirmou nesta quinta-feira que defende a aprovação do projeto de autoria do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), instituindo o voto distrital em 2012 em municípios com mais de 200 mil eleitores.