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Página do Facebook vira prova no caso Pesseghini

Perfil em homenagem a memória do sargento Luis Marcelo Pesseghini foi criado antes mesmo dos corpos serem encontrados.

Por Bruna Fasano 14 jul 2014, 17h42

(Atualizado às 19 horas)

Uma página do Facebook poderá ser a prova que a família e a defesa do menino Marcelo Pesseghini precisam para reabrir as investigações sobre o caso. O garoto, de 13 anos, é apontado pela polícia como o responsável pelos assassinatos dos pais, da avó e de uma tia em São Paulo.

O caso foi transferido para a Vara da Infância e Juventude do Ministério Público de São Paulo no início deste mês a pedido dos advogados que representam a família. A Justiça acatou e a investigação poderá ser reaberta com a apresentação de uma nova prova.

Uma página criada para homenagear a memória do sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Luis Marcelo Pesseghini, pai do menino, foi criada antes mesmo dos corpos terem sido encontrados no dia do crime, 5 de agosto de 2013. O horário de criação da página é apontado como 16h48 do mesmo dia. Mas os corpos só teriam sido encontrados após as 18 horas, por um familiar e um policial militar amigo da família.

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A advogada Roselle Soglio, que cuida dos interesses da família, aponta que essa e outras falhas de investigação foram apontadas por ela desde o início das investigações. “Segundo me informou o próprio Facebook, o horário de criação de uma página jamais pode ser alterado. Nem mesmo internamente, pela empresa. Por isso, o Marcelo jamais poderia ser o autor dos disparos. Como ele criaria a página se já estava morto?”, questiona Roselle.

Uma possibilidade seria que o garoto tivesse criado o perfil antes de cometer suicídio. Os laudos da polícia apontam, entretanto, que o computador da casa foi utilizado pela última vez às 18h03 do dia anterior as mortes. Pelos registros da rede social, a página foi atualizada até, pelo menos, 17 de agosto de 2013. E conta, inclusive, com imagens da família morta.

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“Agora, a nossa esperança é que o Ministério Público reabra a investigação. Com o caso na Vara da Infância e Juventude, esperamos que eles se esmerem na defesa de uma criança”, afirma a advogada. Prestes a completar um ano dos assassinatos, o Ministério Público irá designar um novo promotor para acompanhar o processo. A expectativa é que em três ou quatro meses novos detalhes apareçam.

Relembre o caso – Cinco pessoas da mesma família foram encontradas mortas no dia 5 de agosto de 2013, dentro da casa onde moravam, na Brasilândia, Zona Norte de São Paulo. Entre os mortos, estavam dois policiais militares – o sargento Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, e a mulher dele, a cabo de Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos. O filho do casal, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, também foi encontrado morto, assim como a mãe de Andreia, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e a irmã de Benedita, Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos.

A Polícia Civil de São Paulo concluiu o relatório sobre o caso em maio deste ano, indicando que o menino de 13 anos é o responsável por matar o pai, a mãe, a avó e a tia-avó, e depois ter cometido suicídio.

Diante da repercussão do caso, o autor do perfil se manifestou na tarde desta segunda-feira, dizendo que pode ter lançado a página em cima de outra criada antes de os corpos terem sido encontrados. “Eu tenho várias páginas, inclusive em homenagem a famosos que morreram. Eu não me lembro se eu já havia [criado] uma página e apenas alterei o nome, ou se eu criei à noite com o nome Sargento Pesseghnini [nome da página]”, publicou. Na postagem, o autor se identifica como um garoto de quinze anos que mora no mesmo bairro onde aconteceu a tragédia.

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