Com Marina, PSB muda comando da campanha
Serão substituídos o tesoureiro e o coordenador-geral da campanha: entram os 'marineiros' Bazileu Margarido e Walter Feldman
(Atualizada às 22h30)
A mudança na chapa do PSB na disputa pelo Palácio do Planalto provocou alterações no comando da campanha. Marina Silva pediu que funções como a coordenação da campanha e finanças sejam assumidas por nomes mais próximos a ela. Henrique Costa, responsável pela tesouraria, será substituído por Bazileu Margarido, que ocupava o posto de coordenador-adjunto da campanha. Costa, que não é filiado ao PSB, foi indicado ao cargo por Eduardo Campos. Com carreira em instituições financeiras, ele cursou economia com a viúva do ex-governador de Pernambuco, Renata Campos.
“Com um novo candidato na titularidade, passa-se a responsabilidade da prestação de contas a ele. Quem responde agora é Marina”, afirmou o coordenador de mobilização, Pedro Ivo. Ele participou da reunião realizada na sede da Fundação João Mangabeira, em Brasília, na qual foram feitos os últimos acertos para o lançamento da chapa do PSB.
Ao fim do encontro realizado pela cúpula do PSB na tarde desta quarta, Marina comentou as mudanças na coordenação da equipe, explicando que elas foram feitas ‘por questões legais’. A Rede tem restrições a algumas doações, como de empresas de tabaco, bebida, armamento e agrotóxico. “A partir de agora, por questões legais, nos teremos de mudar essa titularidade do comitê financeiro. As pessoas que estavam fazendo esse trabalho continuarão, apenas serão acrescidas de outras, que teremos de mudar por exigência legal”, disse Bazileu. Nas palavras do novo tesoureiro da campanha, “a ideia é respeitar as restrições do estatuto da Rede”.
A substituição de Campos por Marina também provocou uma outra mudança: a coordenação-geral da campanha ficará com o deputado licenciado Walter Feldman, porta-voz da Rede Sustentabilidade, e braço direito de Marina. Feldman substituirá o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, que agora ocupará a função adjunta.
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Alianças – Pedro Ivo também falou sobre os impasses em Estados onde Marina já sinalizou que não deve dividir palanque com candidatos de outros partidos que se aliaram ao PSB, entre eles São Paulo, onde a legenda integra a coligação pela reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB). “Marina não vai subir no palanque. Alckmin não a apoia, mas ao candidato Aécio Neves”, disse.
O primeiro ato de campanha de Marina deverá ocorrer no próximo sábado no Recife. Segundo ele, o programa eleitoral de rádio e TV não foi discutido no encontro desta quarta. Na próxima semana, a prioridade será atender aos pedidos de entrevistas feitos pelos veículos de comunicação. Dessa forma, Marina conseguiria garantir uma exposição na mídia e recuperar as inserções no programa eleitoral de rádio e TV que iniciaram ontem e vão ao ar todas as terças, quintas e sábados até o dia 2 de outubro.
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(com Estadão Conteúdo)