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Com fiança de R$ 39 mil paga, invasores serão liberados

Enquanto esperavam interrogatório, eles riam e faziam palavras cruzadas. Grupo aprovou greve geral de estudantes a partir desta quarta-feira

Por Bruno Abbud
8 nov 2011, 19h33

Os 72 invasores da Reitoria da Universidade de São Paulo (USP) devem ser libertados na madrugada desta quarta-feira, assim que todos passarem por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal, que fica ao lado da delegacia onde foram colhidos os depoimentos deles. Os interrogatórios terminaram às 21h30. Por volta das 19 horas ocorreu na Faculdade de História, no campus da USP, uma assembleia para discutir os rumos do movimento. De dentro do ônibus, um dos presos telefonou para os coordenadores da assembleia e pediu que fosse colocada em votação uma greve geral de estudantes. A greve foi aprovada pela maioria, quase todos alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). A partir de amanhã, portanto, eles passarão pelas salas de aula da Cidade Universitária tentando convencer outros estudantes a aderir ao movimento. Leia também: PM encontra coquetéis molotov na reitoria da USP Fotógrafo é agredido durante assembleia de estudantes da USP

A liberação do grupo será possível porque um grupo de advogados pagou no início da noite fiança de 39.240 reais – 545 reais por pessoa. O dinheiro foi arrecadado por meio de uma vaquinha entre sindicatos ligados à Central Sindical Popular Conlutas. A organização, que reúne mais de 500 sindicatos, foi acionada pelo sindicato dos funcionários da USP, o Sintusp, que incita os alunos ao combate desde o início das manifestações, na semana passada. Entre os presos estão 68 são estudantes e 4 funcionários da universidade. De acordo com o delegado Dejair Rodrigues havia entre os invasores alunos de uma instituição de ensino da Paraíba e de faculdades do interior do estado. O grupo está sendo assistido pela advogada Eliana Lúcia Ferreira, da Conlutas, e por outros três advogados. Foram eles que orientaram os presos a não responderem as perguntas dos policiais. Segundo o delegado Rodrigues, todos os interrogados disseram que só falarão em juízo. Do lado de fora, a noite espantou paulatinamente os manifestantes que pediam a libertação dos presos. Por volta das 20h, não havia mais do que 30 pessoas por lá. Palavras cruzadas – A reportagem de VEJA conseguiu entrar na delegacia e assistiu a cenas surpreendentes. Um grupo de 25 presos que aguardava no corredor para ser interrogado conversava aos risos. Um deles fazia palavras cruzadas no jornal. Questionados pela reportagem, avaliaram como “tranquila” a atuação da PM na desocupação da Reitoria. “Eles tiveram a orientação de pegar leve”, disse um deles. Os demais presos aguardaram o fim dos procedimentos em três ônibus do lado de fora da delegacia. O delegado ofereceu a eles uma sala para esperar, mas eles preferiram ficar nos coletivos.

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