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Com Ciro fora do ministério, PSB encolhe sob Dilma

Presidente eleita diz que não há condição política de aumentar fatia do partido

Por Da Redação
21 dez 2010, 07h58

Dilma Rousseff alegou que era necessário haver “um equilíbrio” na representação dos partidos aliados na Esplanada dos Ministérios

O deputado Ciro Gomes (PSB-SP) não integrará o governo Dilma Rousseff e a cota de poder de seu partido, o PSB, foi fixada em apenas dois ministérios – Integração Nacional e a nova pasta de Portos e Aeroportos -, e não mais em três pastas, como pedira a cúpula da legenda, que apoiou a presidente eleita na campanha eleitoral deste ano (e teve crescimento significativo em suas votações nos estados).

“O Ciro sempre registra que gosta muito da Dilma, que está torcendo por ela e estará às ordens para contribuir, mas que, por ora, não deverá assumir um ministério”, disse na segunda-feira ao jornal O Estado de S. Paulo o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB). O irmão de Ciro reuniu-se em Brasília com Dilma e com o futuro ministro da Casa Civil, Antonio Palocci (PT).

O governador não quis dar detalhes da conversa, mas um dos dirigentes do PSB que também participou da reunião com Dilma e Palocci revelou o motivo da desistência de Ciro. Na origem, a percepção de “rebaixamento” político. “Ele aceitaria o desafio da Saúde, mas, como essa pasta já está compromissada, Ciro não quis voltar para a Integração Nacional.”

‘Equilíbrio’ – Ciro comandou a Integração Nacional no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Neste ano, foi convencido pelo próprio presidente a desistir de concorrer à Presidência em prol de Dilma. Em troca, cacifou-se para ocupar um ministério do novo governo. A reunião da cúpula do PSB com a presidente eleita ontem durou cerca de uma hora e meia. Dilma deixou claro que a Saúde já estava “comprometida” com o petista Alexandre Padilha.

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De acordo com a presidente eleita, não havia condição política de aumentar a fatia do PSB no governo. Alegou que era necessário haver “um equilíbrio” na representação dos partidos aliados na Esplanada dos Ministérios e lembrou também que precisava de mais espaço para acomodar os pleitos do próprio PT. No entanto, o PSB ainda pode levar a eventual pasta da Pequena e Microempresa, que Dilma quer criar.

(Com Agência Estado)

Leia no blog do Reinaldo Azevedo:

Coitado do Ciro Gomes, né? Parece o Juca Pirama, do Gonçalves Dias: “rejeitado da morte na guerra; rejeitado dos homens na paz”. Quanto mais esse moço se dedica à ancestral arte da genuflexão diante do PT, mas joelhadas ele leva no queixo. Ô sina triste! Ô sina infeliz! Ele queria o Ministério da Saúde, sinal de que continua a alimentar ambições bastante robustas. Por isso mesmo, não terá a pasta, que fica com Alexandre Padilha, mais um fidelíssimo à tropa de Lula.

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