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Com câncer, Bumlai pede liberdade provisória a Moro

Defesa do pecuarista enviou ontem ao juiz federal pedido em que informa o diagnóstico e as recomendações médicas. Amigo de Lula deve ser operado

Por Da Redação 16 mar 2016, 11h16

A defesa de José Carlos Bumlai enviou ontem ao juiz federal Sergio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato em primeira instância em Curitiba, uma petição na qual informa que o pecuarista foi diagnosticado com câncer na bexiga. Os advogados pedem, por esse motivo, a liberdade provisória ou substituição da prisão preventiva do amigo do ex-presidente Lula por prisão domiciliar. Preso desde novembro de 2015, na 21ª fase da Lava Jato, Bumlai foi internado na semana passada no Hospital Santa Cruz, na capital paranaense, para uma bateria de exames, que detectaram a doença.

Os advogados de Bumlai anexaram à petição um relatório em que o médico Francisco Pegoretto alerta para o risco de seu paciente “desenvolver infecções secundárias” caso exposto a “situações de estresse e ambientes insalubres”. Pegoretto afirma que o pecuarista deverá ser submetido a uma cirurgia para a retirada de “tumores residuais”, além de tratamento baseado em sondagens com o BCG, o Bacilo da Tuberculose, que pode causar efeitos colaterais “acentuados”.

Segundo as recomendações médicas enviadas a Sergio Moro, é necessário um acompanhamento rigoroso do quadro clínico do amigo de Lula, porque caso o tratamento falhe pode haver a necessidade da retirada da bexiga.

Além de citar as necessidades médicas e a idade de José Carlos Bumlai, que tem 70 anos, a defesa do pecuarista argumenta que sua condição requer “deslocamentos constantes” ao hospital e aponta a inviabilidade da manutenção de Bumlai no Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, onde ele está preso desde o início de fevereiro.

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A liberdade provisória ou prisão domiciliar de Bumlai seria, de acordo com os advogados, benéfica à administração pública, “devido aos custos e deslocamentos de funcionários necessários para o transporte do peticionário, que se tornará habitual para realização do tratamento”.

Em dezembro, o pecuarista virou réu na Lava Jato pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva e gestão fraudulenta. Segundo os investigadores, o empresário e amigo do ex-presidente Lula integrou um esquema de corrupção envolvendo a contratação da Schahin pela Petrobras para operação do navio sonda Vitoria 10000 e a concessão de um empréstimo fraudulento para lavar propina que foi encaminhada ao PT, conforme Bumlai confessou à força-tarefa da Lava Jato.

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