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Cerveró tenta afastar Moro e pede absolvição por lavagem

Ex-diretor da Área Internacional da Petrobras é acusado de usar dinheiro de propina para comprar um imóvel de luxo no Rio de Janeiro

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 Maio 2015, 14h06

Depois de ter sido multado em 43 000 reais por abandono de processo, o advogado Edson Ribeiro, responsável pela defesa do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, apresentou as alegações finais à Justiça Federal. No documento, usa uma estratégia já bem conhecida no curso da Operação Lava Jato: atacar o juiz Sergio Moro. Neste processo, Cerveró é acusado do crime de lavagem de dinheiro por ter tentado esconder que utilizou recursos ilícitos na compra de um apartamento avaliado em 7,5 milhões de reais, no Rio de Janeiro. A negociata para a compra do imóvel foi revelada por VEJA.

A principal linha de argumentação da defesa é que não existe uma condenação contra Cerveró para caracterizar um “crime antecedente” à lavagem de dinheiro. A acusação afirma que episódios de corrupção, como o recebimento de propinas em negociações de navios-sonda e na compra da refinaria de Pasadena, seriam o crime antecedente – corrupção. A lavagem estaria consolidada com o uso desta propina para a compra do imóvel no Rio.

“O magistrado que condene um cidadão por lavagem de ativos previamente à análise da existência do crime antecedente possui uma tendência interna de condenação também pelo crime anterior, simplesmente porque esta condenação funcionará como reforço à sentença condenatória pelo crime de lavagem de ativos”, diz Edson Ribeiro. Para ele, o processo no qual Cerveró é acusado de lavagem deveria ser suspenso até que ele seja julgado pelos outros crimes. Segundo a defesa, se hipoteticamente for absolvido nos processos por corrupção, por exemplo, não haveria dinheiro que pudesse ser lavado e, por isso, ele seria também inocentado nesta ação.

No pedido, a defesa de Cerveró tenta mais uma vez afastar o juiz Moro do caso e afirma que o processo contra o ex-diretor deveria ocorrer no Rio de Janeiro, e não no Paraná, porque o apartamento comprado e reformado supostamente com dinheiro do crime de lavagem está localizado em Ipanema.

Ribeiro também não poupa os integrantes do Ministério Público, responsável pela acusação. Diz que os procuradores da força-tarefa da Lava Jato não poderiam atuar na causa e afirma que o MP “cria” histórias para embasar a acusação partindo da “falsa percepção dos indícios existentes” e de informações, não comprovadas, dadas em delações premiadas.

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