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Cercado de artistas, Marcelo Freixo, do PSOL, lança candidatura à prefeitura do Rio

Atores e cantores manifestam apoio ao deputado que inspirou personagem de 'Tropa de Elite 2'

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 jun 2012, 18h26

“Houve evidente retração do apoio dos artistas no apoio aos políticos com o episódio do mensalão. Os artistas tradicionalmente se alinhavam à esquerda e ao PT especialmente. Acabaram se retraindo. Acho que já é hora de romper esse medo de se expor”, disse Wagner Moura

O deputado estadual Marcelo Freixo, do PSOL, inspirou, no cinema, o deputado Diogo Fraga, personagem que elabora, em Tropa de Elite 2, o “dossiê das milícias”. Chegou a hora de a classe artística retribuir. E atores e cantores, de fato, mostram-se empenhados na candidatura de Freixo à prefeitura do Rio, lançada nesta segunda-feira no Rio. O destaque do encontro foi Wagner Moura, o capitão Nascimento da ficção, que disse estar “totalmente aberto” a ajudar. Mas a adesão vai bem mais longe. Em carta, Ivan Lins, Luiz Eduardo Soares, Leonardo Boff e Frei Betto manifestaram apoio. Djavan, Chico Buarque e Caetano Veloso também já estão envolvidos na campanha.

“Estou totalmente aberto para ajudar no que for preciso. O que eles propuserem eu faço, se tiver que aparecer na televisão, apareço”, disse Wagner Moura, que abriu sua casa para um discurso de Freixo à classe artística. “Eu juntei as pessoas que conhecia e evidentemente as pessoas que conheço estão ligadas a minha área de atuação, que são os artistas. Houve evidente retração do apoio dos artistas no apoio aos políticos com o episódio do mensalão. Os artistas tradicionalmente se alinhavam à esquerda e ao PT especialmente. Acabaram se retraindo. Acho que já é hora de romper esse medo de se expor”, afirmou Moura.

A exposição de gente famosa é uma tentativa de multiplicar a visibilidade de Freixo. E compensar uma limitação da candidatura: o tempo de televisão do PSOL será de apenas um minuto. “Temos pouco tempo na televisão por não aceitarmos fazer alianças espúrias, mas vamos utilizar as redes sociais, que hoje gera influência enorme no Rio de Janeiro. Usaremos também a militância na rua, que está acreditado. Assim, será possível que tenhamos uma primavera carioca”, disse Freixo. Por enquanto, a única aliança do PSOL no Rio será com o PCB, que apoiará o partido na eleição majoritária.

Enquanto os políticos do PSOL gritavam ao microfone para pedir apoio ao candidato, Freixo, sem alterar a voz, fez suas alegações. “A corrupção no Rio não é só guardanapo na cabeça, mas é uma questão estrutural”, afirmou, em relação às imagens divulgadas de Fernando Cavendish com o secretariado de Sérgio Cabral com guardanapos na cabeça em um restaurante de Paris. “A única campanha que pode ter vitória política sem ter vitória eleitoral é a nossa. Não fazemos qualquer coisa para chegarmos ao poder”, afirmou o deputado.

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O atual prefeito Eduardo Paes, que conta com o apoio do governo estadual e federal, terá 14 minutos e uma aliança de quase todos os partidos. “Vamos enfrentar o gigante, mas, como diz Marcelo Yuka (vice de Freixo e ex-baterista do grupo O Rappa), gigante tem canela fina”, afirmou.

Marcelo Freixo ficou famoso pelo combate às milícias bem antes de Tropa de Elite. A sua atuação na área dos direitos humanos e no combate às milícias em 2007, quando presidiu uma CPI que indiciou 225 envolvidos, atraiu a atenção da classe artística. Se no filme o deputado Fraga entrega um dossiê aos jornalistas, na vida real o deputado atuou em parceria com jornalistas e soube utilizar reportagens para convencer os colegas de Legislativo a aprovar a abertura da CPI.

A campanha, claro, terá momentos importantes na zona oeste, onde atuava a maior milícia do Rio. “Vou fazer agenda na zona oeste. Não farei disso uma guerra particular. A milícia não é problema meu, mas do Rio de Janeiro. Se há um candidato a prefeito dessa cidade que não pode ir a alguns lugares porque grupos criminosos dominam, isso não é um problema do candidato, mas do Rio”, disse o deputado.

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