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Ceará inaugura metrô incompleto a quatro dias da eleição

Operação integral do metrô deve começar somente em 2016; linha funcionará 'excepcionalmente' no próximo domingo

Por Da Redação
3 out 2014, 11h35

Às vésperas da eleição e com o candidato do governador Cid Gomes (PROS) ainda tentando a virada sobre o senador Eunício Oliveira (PMDB), a Linha Sul do Metrô de Fortaleza entrou em operação comercial – parcial – nesta quarta-feira. O candidato apoiado por Cid, Camilo Santana (PT), foi quem anunciou a “novidade” no debate da TV Verdes Mares, afiliada da Rede Globo. Embora a nova operação esteja ativa entre segunda e sábado, o Metrô funcionará “excepcionalmente” neste domingo, dia do primeiro turno das eleições. O início do funcionamento normal está previsto somente para 2016. A inauguração, entretanto, era esperada para a Copa de 2014.

Visivelmente, ainda há muito a ser feito. A sinalização e ventilação das estações, por exemplo, ainda não estão completas e há falhas no sistema de informações sonoras dos trens. Com 24 quilômetros – liga o Centro de Fortaleza a Pacatuba, na Região Metropolitana -, a Linha Sul começou a ser construída em 1999 e custou, até o momento, cerca de 2 bilhões de reais. Recebeu recursos do governo estadual e da União, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O governo do Ceará nega que o início da operação tenha objetivo eleitoreiro. Segundo a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), a novidade foi possível graças à assinatura de um convênio pendente com o governo federal no valor de 200 milhões de reais e assinado “na semana passada”. Ainda segundo a companhia, de economia mista e ligada ao governo estadual, a operação já poderia ter começado na segunda-feira mas, “para comunicar à população, decidiu-se começar no primeiro dia útil de outubro”, quarta-feira.

Com recursos do PAC desde 2007, as primeiras estações da Linha Sul só ficaram prontas em junho de 2012, quando teve início a chamada “operação assistida”, com viagens gratuitas entre segunda e sexta-feira, das 8 horas às 12 horas. Nesta semana, o serviço foi estendido: de segunda a sábado, das 6h30 às 19 horas, agora com cobrança de tarifa – 2,20 reais a inteira e 1,10 real a meia. É o mesmo preço das passagens de ônibus.

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O número de trens operando, entretanto, permanece o mesmo. Somente três, o que significa um tempo de espera de trinta minutos entre um e outro. Somente com a operação total, no início de 2016, é que o tempo de espera cairá para entre três e seis minutos, informou a Metrofor, com a circulação de 25 trens. O procurador regional do Ceará, Rômulo Conrado, informou que não vê irregularidade eleitoral no início da operação dias antes da eleição.

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Remoções – No reduto eleitoral do governador Cid Gomes e de seu irmão Ciro Gomes (PROS), outro metrô, também atrasado e com recursos da União, continua sem data para começar a operar. O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Sobral, cidade do sertão cearense a 240 quilômetros da capital, deveria ter sido entregue em dezembro de 2012, mas até agora não opera. Nesta quinta, a Metrofor não quis dar uma previsão para o início de operação do “Metrô de Sobral”, como é chamado.

A construção do VLT, que custou até agora cerca de 90 milhões de reais, envolveu um polêmico processo de remoção de dezoito imóveis. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do governador Cid Gomes não retornou. Ironicamente, no trecho onde agora se veem apenas os escombros das casas que foram removidas, há placas de propaganda não só do candidato apoiado pelo governador, Camilo Santana, mas também de seu principal concorrente, Eunício Oliveira.

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(Com Estadão Conteúdo)

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