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Cassado, Arruda diz que ‘chibatada dói’ e chora em casa

Flagrado embolsando dinheiro de corrupção, mas líder nas pesquisas de intenções de voto deste ano, Arruda diz que vai continuar a campanha

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 27 ago 2014, 18h16

Um dia após sofrer novo revés na Justiça Eleitoral, José Roberto Arruda (PR) anunciou nesta quarta-feira que vai ingressar com recursos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Supremo Tribunal Federal (STF) e continuará em campanha – “até o fim”. O ex-governador do Distrito Federal, que tenta voltar ao cargo, teve o registro da candidatura cassado nesta terça-feira com base na Lei da Ficha Limpa – ele foi condenado em segunda instância por improbidade administrativa pelo envolvimento no mensalão do DEM.

Após reunir-se com advogados e com presidentes de partidos de sua coligação, Arruda convocou a militância e a imprensa para dizer que foi vítima de um golpe. Para ele, o TSE aplicou uma interpretação diferenciada ao cassar o registro, mesmo após o pedido de candidatura ter sido apresentado cinco dias antes da condenação. “Tem horas que, mesmo calejado, as chibatadas doem. Eu confesso que há momentos em que me recolho escondido em casa e choro. Eu ainda fico perplexo com o tamanho da maldade humana”, afirmou.

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“Eu já disse que se fosse covarde ou frouxo não teria chegado até aqui. Só não há jeito para a morte. Enquanto temos chance de recurso, por mais difícil que seja, eu me mantenho na luta”. O candidato, então, foi longamente aplaudido pelos seus seguidores.

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Líder nas pesquisas de intenção de voto, Arruda tem adotado a estratégia de falar de si sempre no plural. Para uma plateia de cerca de 150 pessoas, afirmou que “atitudes asquerosas de pessoas do mal” têm o intuito de “nos constranger”, “nos humilhar” e “deturpar o sentido das nossas palavras”. A estratégia traz o retorno esperado: a militância cobra Justiça e promete ir às ruas. “Isso é uma artimanha política para nos tirar do jogo”, diz a comerciante Maria Tadeu, moradora de Taguatinga, cidade a cerca de 30 quilômetros do centro de Brasília.

Arruda comparou seu avanço nas sondagens eleitorais com as derrotas judiciais. “Quando nos cassaram no TRE [Tribunal Regional Eleitoral], nós subimos nas pesquisas. Quem sabe com essa decisão nós passamos dos 40%. Toda dificuldade tem um lado bom. Cada vez mais fica claro quem está aqui conosco para o que der e vier e para todas as dificuldades”, disse.

Pelo crime de improbidade administrativa, Arruda foi condenado à perda dos direitos políticos por oito anos, além do ressarcimento de 300.000 reais aos cofres públicos. A decisão foi tomada em dezembro do ano passado pela 2ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal, mas a defesa recorreu e o caso foi parar na segunda instância, que manteve a condenação. O veredicto de segunda instância, tomado por um órgão colegiado, foi responsável por incluir Arruda no rol dos barrados pela Lei da Ficha Limpa. Em parecer enviado ao TSE, o Ministério Público Eleitoral defendeu a cassação do ex-governador já que ele foi condenado, por decisão proferida em órgão judicial colegiado, à suspensão dos direitos políticos, por prática de ato doloso que importou em enriquecimento ilícito e dano ao erário”. A corte acatou o argumento por seis votos a um.

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