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Caso PC: réus culpam Suzana Marcolino

Em depoimento à Justiça alagoana, ex-seguranças disseram que não ouviram os tiros; julgamento deve terminar nesta sexta

Por Da Redação
9 Maio 2013, 20h24

Os quatro ex-seguranças que estão sendo julgados pelas mortes do ex-tesoureiro Paulo César Farias e da sua namorada, Suzana Marcolino, negaram em depoimento ao júri nesta quinta-feira envolvimento com o crime. Os quatro réus são policiais militares e prestavam segurança para PC na casa do empresário na praia de Guaxuma, em Maceió, em diferentes turnos na época das mortes, em 1996.

Os dois laudos produzidos durante a investigação apresentam horários distintos para a hora crime, mas apontam que as mortes ocorreram entre 2h e 9h da manhã do dia 23 de junho de 1996. A promotoria acusa os seguranças de participação nas mortes ou, no mínimo, de omissão ao não evitá-las. Já a defesa dos réus nega as acusações e defende a tese de crime passional – Suzana matou PC e depois se suicidou.

Primeiro réu – O primeiro a falar nesta quinta foi Adeildo Costa dos Santos, de 51 anos, que ainda faz parte da PM alagoana. Ele contou detalhes da noite anterior ao crime e falou sobre a chegada de Suzana Marcolino à casa de PC. Ela voltava de uma viagem a São Paulo. Adeildo afirmou que não sabia se Suzana possuía uma arma – testemunhas afirmam que ela comprou um revólver. Ao falar especificamente da noite do dia 22, quando estava em serviço, Adeildo disse que PC havia instruído os empregados para ser acordado às 11h, após o fim do turno do segurança. Ele contou que deixou o local por volta de 8h30, quando foi rendido por colegas. Ele só soube do crime por volta de 11h30, quando já estava em sua casa.

Adeildo respondeu todas as perguntas que foram feitas, mas afirmou repetidas vezes que não se lembrava de determinados detalhes que ocorreram naquele dia. Ele contou ainda que recebeu 8 000 reais da família de PC quando deixou o serviço, pouco depois do crime, como “indenização”. Perguntado sobre quem poderia ter cometido o crime, Adeildo disse que não tem dúvidas de que “Suzana matou PC”.

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O terceiro a falar foi Josemar Faustino dos Santos, de 49 anos, que também faz parte da PM alagoana. Ele afirmou que, originalmente, deveria trabalhar como segurança de Ingrid Farias, mas que acabou indo trabalhar para PC porque não tinha o hábito de dirigir. Ele contou que chegou na casa por volta das 8h30 do dia 23 de junho para render Adeildo e José Geraldo. Disse que não ouviu nada e só percebeu que havia algo errado quando o garçom da casa, Genival França, relatou que o casal não respondia às batidas na porta, às 11h. Josemar contou que os empregados tentaram forçar a porta, mas, por fim, ele teve de entrar pela janela. “Se arrombar a janela é um grande crime, então cometi um grande crime”, disse Josemar aos jurados. Logo após abrir a janela, o segurança contou que todos se depararam com o casal morto.

Final – Por fim, os jurados ouviram o depoimento de Reinaldo Correia de Lima Filho, de 50 anos. Ele fazia parte da turma da manhã e foi o primeiro a entrar no quarto. Disse que PC parecia “estar dormindo”. “Mexi no pescoço dele para ver os sinais vitais”, disse ao júri. Reinaldo contou que, como não havia sangue em PC, pensou que o patrão havia sido vítima de envenenamento. Só depois da chegada da perícia é que os empregados perceberam que PC havia levado um tiro. O ex-segurança contou ainda que foi autorizado pela perícia a recolher documentos e objetos de Suzana Marcolino que estavam espalhados pela casa.

Após o depoimento dos réus, a sessão desta quinta-feira foi interrompida, por volta das 19h30. Os trabalhos devem ser retomados na sexta-feira, às 8h, quando a promotoria e a defesa vão dar início à fase de debates.

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