Caso Amarildo: PMs depõem sobre o desaparecimento
Morador da Rocinha não é visto desde o dia 14 de julho, quando agentes da UPP o levaram para averiguações. Família pede que Justiça reconheça a morte
Agentes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha prestaram depoimento nesta segunda-feira sobre o sumiço do pedreiro Amarildo de Souza, que desapareceu no dia 14 de julho passado, depois de ser levado para averiguações. O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil, sob comando do delegado Rivaldo Barbosa.
Depois da transferência do caso para a especializada – o que deixa claro que, para a polícia, Amarildo não está vivo -, a família agora quer que a Justiça reconheça a morte do pedreiro, para que possa dar entrada em um pedido de pensão. A intenção do advogado João Tancredo é garantir que os parentes continuem recebendo a renda de Amarildo, que era de um salário mínimo por mês.
De posse de certidão, acrescenta Tancredo, a família também deve entrar com um pedido de indenização contra o estado. “Para a família, ele está morto”, afirmou. Na sexta-feira passada, a ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, considerou a PM suspeita número 1 do desaparecimento. O secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, rebateu dizendo que não se pode fazer especulações “levianas”.
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