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Casal gay é espancado em trem do metrô de São Paulo

Um dos rapazes terá de ser submetido a cirurgia para reparar fratura no nariz

Por Da Redação
13 nov 2014, 10h03

Um casal gay foi espancado por um grupo de cerca de quinze homens dentro de um dos trens da Linha 1-Azul do Metrô de São Paulo, na tarde do domingo. O metroviário Danilo Ferreira Putinato, de 21 anos, e o bancário Raphael Almeida Martins de Oliveira, de 20 anos, foram agredidos com socos e chutes no percurso entre as estações Tiradentes e Luz, no sentido Jabaquara, e expulsos a pontapés da composição pelo grupo, após se negarem a sair espontaneamente.

De acordo com Putinato, as agressões começaram depois que o bando exigiu que o casal parasse de se beijar dentro do trem. Na ocasião, o metroviário seguia para o trabalho na companhia do namorado. “Eles se mostraram indignados com o fato de nós estarmos juntos, mandaram parar de nos beijar, mandaram sair do trem, mas não respondemos nada, deixamos eles falando sozinhos e aí começaram a nos bater”, comenta Putinato.

Segundo a vítima, o grupo, que havia embarcado na Estação Armênia da Linha 1-Azul, xingava o casal de “viadinhos” e “bichinhas” e dizia que eles “deveriam ter respeito” e parar de trocar carinhos em público. Putinato e Martins foram agredidos no rosto e no corpo com chutes, socos e empurrões.

Após a expulsão do trem, as vítimas procuraram agentes de segurança do Metrô, que cuidaram dos primeiros socorros e levaram os jovens para a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, na região central.

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O bancário teve o nariz quebrado e terá de passar por uma cirurgia para reparar a fratura. O metroviário não sofreu ferimentos graves. “Acho que ficamos apanhando por uns três minutos. Se não tivessem nos colocado para fora, não sei o que teria acontecido”, diz o jovem, que afirmou ter ficado desapontado com o fato de nenhum dos passageiros da composição ter agido para socorrê-los.

“O trem estava mais ou menos cheio, mas ninguém fez nada. Eu tenho absoluta certeza de que eles tiveram medo dos caras. Mas também acho que pelo fato de sermos gays isso não incentivou muito (a ajudarem). Lá fora um homem se voluntariou para ser testemunha, só isso”, relata.

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Os dois registraram a ocorrência na Delegacia do Metropolitano (Delpom). “A polícia tem tudo para identificar os homens. Aquela frota infelizmente não tem câmeras, mas como indiquei aos policiais qual era o trem e o horário, eles podem pegar as gravações das estações”, conta Putinato. A investigação deverá ser conduzida pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

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(Com Estadão Conteúdo)

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