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Prefeitura estuda revista pessoal no Carnaval de rua em 2016

A estratégia foi utilizada pela Polícia Militar durante a Copa do Mundo

Por Da Redação
18 fev 2015, 10h09

As pessoas que quiserem participar do Carnaval de rua na Vila Madalena, na Zona Oeste de São Paulo, no ano que vem podem ter de passar por uma revista antes de ingressar no miolo do bairro, que compreende os arredores das Ruas Aspicuelta, Mourato Coelho e Fidalga.

Durante a Copa do Mundo, quando 70.000 pessoas chegaram a ocupar a região em dias de jogos, essa foi a estratégia adotada pela Polícia Militar para evitar que os torcedores acessassem o local com drogas, garrafas de vidro ou outros objetos cortantes.

“Existe um esforço para descentralizar o Carnaval de rua, que tem aceitação pela população, e para tentar segregar esse miolo do bairro e dar a ele um tratamento de algo que precisa ser controlado, reduzido de tamanho, onde haja fiscalização de bebida alcoólica, para ter uma mínimo de controle”, afirmou o subprefeito de Pinheiros, Ângelo Filardo. “Como fazer isso: aproveitar mais a organização da Copa do Mundo. Fazer um bloqueio efetivo mais forte do acesso com controle de entrada, para identificar garrafas de vidro. Vamos estudar medidas para aumentar o controle sobre o terreno no próximo carnaval”, explicou.

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Na madrugada do domingo, a Polícia Militar reagiu com bombas de efeito moral ao ser atingida por garrafas de vidro na esquina das Ruas Aspicuelta e Fidalga. A Prefeitura tinha a intenção de acabar com a folia nas ruas do bairro até a meia-noite, mas a quantidade de gente dificultou a dispersão e causou problemas aos moradores.

Em entrevista à Rádio Jovem Pan, o secretário da Segurança, Alexandre de Moraes, reconheceu que falta estrutura à região e defendeu a ação da polícia: “A região da Vila Madalena não está preparada para aquilo. Não é um problema só de segurança pública, é um problema de polícia. A polícia estava lá garantindo a segurança, principalmente, dos moradores e dos garis”, disse. “Não é possível que na Vila Madalena, que deveria ter, no máximo, 10 mil pessoas, chegue a ter 30 mil, 40 mil pessoas, mesmo após a 1h da manhã.”

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Para o subprefeito, o problema não são os blocos de rua, mas as pessoas que vão à Vila Madalena à noite, atraídas pela fama de bairro “festeiro”. “Neste ano deu para perceber claramente a diferença entre o carnaval dos blocos, durante a tarde sem muitos problemas, e esta outra aglomeração que acontece após os desfiles”, disse.

O presidente da Sociedade Amigos da Vila Madalena (Savima), Cássio Calazans, argumenta que o carnaval de rua no bairro deve existir com organização. “Quando se faz um evento dessa magnitude, tudo fica amplificado e foge do controle, por mais que órgãos públicos tentem fazer o seu papel. Se tiver horário para começar e terminar, além de bom senso e educação, as coisas fluem. Gostaríamos muito que aqui fosse um ponto turístico para as pessoas se divertirem. O problema é que deixou de ser carnaval para ser vandalismo à noite.”

(Com Estadão Conteúdo)

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