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Cármen Lúcia: “A eleição mais segura e honesta é aquela em que cada cidadão vota limpo”

O ministro Ricardo Lewandowski deixou sua cadeira na Suprema Corte Eleitoral para se dedicar à revisão do processo do mensalão

Por Mirella D'Elia
18 abr 2012, 21h32

Primeira mulher a presidir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ministra Cármen Lúcia tomou posse nesta quarta-feira conclamando a sociedade a lutar por eleições limpas. Comandante das eleições municipais de outubro, a mineira de 55 anos fez um discurso curto na solenidade que marcou sua entrada no comando da Suprema Corte Eleitoral. Mas fez questão de ressaltar que isso é dever de todos. “O caminho mais curto para a Justiça é a conduta reta de cada um dos cidadãos”, enfatizou. “Nenhuma lei substitui a honestidade, a responsabilidade e o comprometimento do cidadão. O homem probo ainda é a maior garantia de justiça na sociedade. A eleição mais segura e honesta é aquela em que cada cidadão vota limpo”.

Morosidade – A nova presidente do TSE também defendeu o combate à morosidade no Judiciário. “Quando a Justiça tarda, falha”, afirmou. “E quando isso ocorre, todos sofrem”. Cármen Lúcia ressaltou que a lentidão da Justiça é um problema que atinge diversas nações. “Justiça artesanal numa sociedade de massas é um desafio que se impõe sem solução mágica. Somos juízes, fazemos direito, não fazemos milagres”.

O ministro Ricardo Lewandowski deixou o comando do TSE. “Saio da presidência do TSE confortado e com a certeza de ser sucedido por uma magistrada digna, lúcida e competente”, disse ele, que deixa também sua cadeira na Suprema Corte Eleitoral. Lewandowski poderia ficar no tribunal até o ano que vem, mas quer se dedicar à revisão do processo do mensalão. Só após o trabalho do revisor a ação penal que investiga o maior escândalo do governo Lula poderá entrar em pauta.

Pressão – Pressionado pela opinião pública e pelos próprios colegas a concluir o trabalho para que o julgamento ocorra antes do risco de prescrição, Lewandowski tem negado que se sente desconfortável com a cobrança no Supremo Tribunal Federal – foi o que disse mais cedo, também nesta quarta-feira, durante a última sessão plenária presidida por Cezar Peluso. O agora ex-comandante do TSE afirmou que deixa o comando da Corte Eleitoral com a consciência tranquila. E aproveitou para destacar a aprovação da Lei da Ficha Limpa, discutida inicialmente no TSE e, depois, no Supremo. “Nos foi concedida a aventura de ver consagrada pelo STF a moralizadora Lei da Ficha Limpa, que defendemos com vigor desde que foi promulgada”, disse. “É chegada a hora de enfrentar sem temores ou hesitações os novos desafios”.

A presidente Dilma Rousseff, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), e a senadora Marta Suplicy (PT-SP), representando o senador José Sarney (PMDB-AP), que está internado em São Paulo, também compareceram à solenidade.

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