Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Carandiru: começa fase de debates entre acusação e defesa

Promotoria desconstruiu argumentos da polícia, mas mesmo assim pediu a absolvição de três réus; julgamento pode terminar hoje

Por Da Redação
20 abr 2013, 14h51

Começou neste sábado o quinto dia do julgamento de 26 policiais que respondem pela operação que resultou na morte de 111 detentos no Carandiru em 1992. O júri se encontra na fase de debates entre a acusação e a defesa. Todas as testemunhas já foram ouvidas. A expectativa é que os réus sejam declarados culpados ou inocentes ainda neste sábado

Pela manhã, o promotor Fernando Pereira fez uma apresentação com suas teses sobre o caso. Em seu pronunciamento, o representante da acusação criticou duas falhas da investigação: o sumiço das balas retiradas dos corpos das vítimas e a adulteração da cena do crime pelos policiais, que moveram os corpos. Com isso, o trabalho da perícia foi dificultado.

Pereira tentou rebater os argumentos da defesa. Segundo a polícia, não houve disparos de armas de fogo durante o massacre, mas a perícia revelou vestígios de rajadas de metralhadora nas paredes da prisão. Ele também afirmou que 515 disparos foram feitos na invasão – cerca de cinco projéteis para cada morto.

Leia ainda: Carandiru: Fleury diz que entrada da PM foi ‘necessária e legítima’

Testemunha diz que PMs colocaram armas entre os mortos

‘PMs já entraram atirando’, afirma ex-detento do Carandiru

Carandiru: testemunhas de defesa falam no 2º dia de júri

Em sua sustentação, o promotor pediu aos jurados a absolvição de três réus – Maurício Marchese Rodrigues, Eduardo Espósito e Roberto Alberto da Silva. Para ele, apesar do julgamento ser coletivo, é preciso analisar os casos separadamente.

Continua após a publicidade

Sobre armas apreendidas pela polícia dentro do presídio, Pereira afirmou que nenhuma delas pertencia aos presos. Ele defendeu que o armamento foi plantado pelos próprios oficiais.

Pelas regras do julgamento, promotores e advogados têm 3 horas cada para expor seus pontos de vista sobre o caso. A acusação poderá pedir a réplica – neste caso, a defesa tem direito à tréplica. Caso sejam declarados culpados por pelo menos 4 dos 7 jurados, caberá ao juiz determinar as penas de cada um dos acusados.

Nos quatro primeiros dias do júri, foram ouvidos os sobreviventes da ação, réus e testemunhas. No segundo dia, o ex-governador de São Paulo Luiz Antônio Fleury Filho, que ocupava o cargo na época do massacre, negou que tenha dado a ordem para a Polícia Militar entrar no presídio, mas classificou a ação policial como “necessária e legítima”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.