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Campos fala ao agronegócio e deixa meio ambiente em segundo plano

Candidato do PSB deixou de lado discurso ambientalista da vice, Marina Silva. Mas foi obrigado a defendê-la ante pergunta que provocou constrangimento

Por Gabriel Castro e Laryssa Borges, de Brasília
6 ago 2014, 12h02

O candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, deixou de lado o discurso ambientalista de sua vice, Marina Silva, e apresentou nesta quarta-feira uma plataforma amplamente favorável ao agronegócio em sabatina na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília. O ex-governador de Pernambuco teve ainda de defender a aliada ao responder a uma pergunta que mencionava o “ambientalismo radical”. Aécio Neves (PSDB) e a presidente Dilma Rousseff (PT) também serão ouvidos pelos representantes do setor nesta quarta.

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Durante sua exposição inicial, Campos citou a palavra “sustentabilidade” apenas uma vez, no 28º e penúltimo minuto de sua fala. Não houve referências a expressões caras a Marina Silva, como “meio ambiente” e “preservação ambiental”.

Depois, na fase das perguntas, Campos foi mais enfático ao abordar o assunto. Mas apenas depois de uma pergunta elaborada pela CNA ter causado certo constrangimento ao candidato – e o obrigado a defender sua vice, que foi ministra do Meio Ambiente no governo Lula e não teve um bom relacionamento com o setor agrícola. “O Ministério do Meio Ambiente, durante muito tempo, foi capturado pelo ambientalismo radical e prejudicou a economia do país sem nenhum bem à proteção ambiental”, dizia o texto elaborado pelos produtores. Campos defendeu Marina diretamente, sem citá-la: “Eu respeito a opinião, mas discordo”.

Marina estava presente à sabatina e o acompanhou na coletiva de imprensa, mas não falou. Na última eleição, quando disputava a Presidência pelo PV, não compareceu à sabatina da CNA. Ela tem um histórico de atritos com o setor agrícola.

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Durante sua exposição, Campos disse o que os produtores rurais queriam ouvir: atacou a falta de planejamento do setor logístico, afirmou que o Brasil precisa construir um clima favorável aos investidores e que é importante “não ter preconceito com a livre iniciativa e com o lucro num país capitalista”.

Campos prometeu melhorar o cenário econômico – que, segundo ele, é fruto da crise internacional mas também de “desencontros internos”. O candidato do PSB também prometeu pôr fim ao loteamento partidário: “Vou tirar o Ministério da Agricultura do balcão político e das lideranças e colocá-lo na mão da competência e de quem possa inspirar um diálogo responsável”, declarou.

Em um esforço para ajustar seu discurso de campanha, ele elogiou os antecessores de Dilma (até Collor foi citado, numa comparação sobre a demarcação de terras indígenas) e guardou as críticas apenas para a atual presidente. “A primeira vez que o Brasil vai ser entregue pior do que foi recebido será no dia 1º de janeiro, quando eu receber o Brasil”, afirmou ele. Campos repetiu, por diversas vezes, que é preciso superar a divisão de forças que, segundo ele, é representada por seus oponentes. “Nós estamos andando o Brasil oferendo a possibilidade de o país superar uma polarização que está na vida brasileira há vinte anos”, disse ele. Campos foi aplaudido quinze vezes pelo público, formado, sobretudo por empresários do agronegócio.

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