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Camponeses ameaçam invadir terras em protesto ao impeachment

No Palácio do Planalto, eles fizeram discursos agressivos contra deputados, o juiz Sérgio Moro e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha

Por Da Redação 1 abr 2016, 13h28

Levados pela presidente Dilma Rousseff para promover o quinto ato político seguido no Palácio do Planalto, grupos de camponeses instrumentalizados pelo PT ameaçaram, de dentro da Presidência da República, iniciar uma onda criminosa de invasões de terras contra o impeachment. Diretores do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) fizeram discursos virulentos e atacaram os deputados ligados à segurança pública, a chamada “bancada da bala”, e o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato.

“A bancada da bala no Congresso Nacional vocês sabem que é forte. E a forma de enfrentar a bancada da bala contra o golpe é ocupar as propriedades deles ainda lá nas bases, lá no campo. A Contag e os movimentos sociais do campo é que vão fazer isso”, disse Aristides Veras dos Santos, tesoureiro da Contag. “Ontem dizíamos na passeata ‘vamos ocupar os gabinetes, mas também as fazendas deles, porque se eles são capazes de incomodar um ministro do Supremo Tribunal Federal, nós vamos incomodar também as casas, as fazendas e as propriedades deles’. Vai ter luta e não vai ter golpe”, disse Veras.

O coordenador nacional do MST, Alexandre Conceição, chamou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de “bandido” e instou os militantes contra o juiz Sérgio Moro. “O juiz Moro, esse golpista, prendeu nossos companheiros três anos atrás sem nenhuma justificativa. Nós não cometemos crime. Crime comete esse juiz que com a sua caneta faz maldades com o povo brasileiro”, disse. “Nós vamos ocupar as ruas em defesa do seu mandato. Os Sem Terra não vão arredar o pé de Brasília enquanto não enterrarem esse golpe.”

Conceição afirmou que o governo deveria autorizar a desapropriação imediata de imóveis de devedores da União, que, segundo os cálculos do MST, poderiam assentar 120.000 famílias. “Esses marginais que devem à nação têm que ter retomadas as terras deles para que possamos assentar todas as famílias desse país”, disse Conceição. O manda-chuva dos Sem Terra ainda debochou do uso da estrutura do Palácio do Planalto para manifestação política e incitação ao embate. “Esse palácio não pertence a 1% da população rica, pertence ao povo brasileiro.

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Ele ainda criticou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), provável presidenciável do partido e que recentemente se aproximou do MST no Estado. Conceição afirmou que uma “corja” aliada de Alckmin “roubou dinheiro da merenda escolar” – em referência à máfia desbaratada na Operação Alba Branca.

Além deles, também participam do encontro de Dilma o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), a Via Campesina e a Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), além de coletivos quilombolas, beneficiados com terras regularizadas no Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte e Sergipe. Eles foram estimulados a defender Dilma contra o impeachment e “forças empenhadas no retrocesso” pelos ministros Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário) e Nilma Lino Gomes (Igualdade Racial).

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