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Campinas tem o segundo prefeito afastado em quatro dias

Menos de 48 horas depois da posse, Demétrio Vilagra (PT) é afastado do cargo

Por André Vargas
25 ago 2011, 00h59

O município de Campinas perde seu segundo prefeito desde a madrugada de sábado. Eleito vice, Demétrio Vilagra (PT) foi afastado por 90 dias pelos vereadores menos de 48 horas depois de assumir oficialmente a prefeitura municipal, no lugar do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), cassado na madrugada de sábado. No lugar do vice empossado e afastado, quem assume é o presidente da Câmara, Pedro Serafim (PDT).

Vilagra ficará fora da administração por até 90 dias. A decisão foi tomada pelos vereadores, na noite desta quarta-feira, por 29 votos a 4. Só a bancada do PT e um vereador do PCdoB foram contra. Na mesma sessão, foi aprovada a instauração da comissão processante que irá apurar a conduta de Vilagra, denunciado pelo Ministério Público estadual (MP-SP) por participação em um esquema de cobrança de propinas em contratos com a administração pública.

Assim como ocorreu com o prefeito Hélio, a comissão processante da Câmara deverá apresentar um relatório dentro de até três meses, decidindo se a cassação de Vilagra deverá ser votada. “A cidade não pode conviver com tamanha suspeita e a falta de credibilidade perante a sociedade e os demais poderes”, afirmou o vereador da oposição Artur Orsi (PSDB).

Porém, existem diferenças entre o prefeito Hélio e seu vice. Cassado, o primeiro não sofreu afastamento temporário nem foi acusado de participação no esquema de propinas montado na administração, ainda que seja sua esposa, Rosely Nassim Santos, ex-chefe de gabinete, a denunciada como líder por formação de quadrilha, corrupção passiva e fraude licitatória. Enquanto Oliveira Santos saiu por negligência e omissão, Vilagra é denunciado criminalmente pelo MP-SP, junto com outras 21 pessoas.

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O pedido de cassação de Demétrio Vilagra é de autoria do vereador Valdir Terrazan (PSDB). Além das suspeitas com relação ao esquema de corrupção, Vilagra é suspeito de nepotismo nas Centrais de Abastecimento S/A (Ceasa) de Campinas, no período em que foi o presidente.

Os advogados de Vilagra vão recorrer da decisão. Escolhido líder do governo na Câmara, o vereador Josias Lech (PT) tentou derrubar a votação, alegando inconstitucionalidade.

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