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Campinas: delator reforça acusações contra primeira-dama

Ex-presidente da companhia de águas, Luís Castrillon de Aquino disse que entregou dinheiro para Rosely Nassim

Por André Vargas
28 jun 2011, 20h27

Ex-presidente da Companhia de Águas e Saneamento de Campinas (Sanasa), Luís Augusto Castrillon de Aquino voltou a citar a primeira-dama do município, Rosely Nassim dos Santos, no esquema de corrupção denunciado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público. Ele foi ouvido nesta terça-feira, na 3ª Vara Criminal de Campinas, diante dos empresários Emerson de Oliveira e Maurício Manduca, e de dois funcionários de José Carlos Cepera, que está foragido. Os quatro são investigados em processos de fraude em licitações com governo do estado de Tocantins e com os municípios paulistas de Campinas, Indaiatuba e Peruíbe.

Mais uma vez, Aquino declarou ter entregue dinheiro vivo nas mãos da esposa do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT). Segundo as investigações do MP, Rosely Nassim atuava como chefe de gabinete na gestão do marido, até ser atingida pelas denúncias, em maio. Ela foi denunciada por formação de quadrilha, fraude licitatória e corrupção passiva. Em 9 de maio, teve a prisão temporária decretada, mas obteve um habeas corpus.

Interligações – O processo em que Aquino depôs contra Manduca, Oliveira e Cepera não atinge a primeira-dama, porém há interligações nos casos. Luiz Castrillon Aquino foi presidente da Sanasa, entre 2005 e 2008. Amigo de infância do prefeito Hélio de Oliveira Santos, quando moravam em Corumbá (MS), ele foi para Campinas convidado pelo hoje ex-amigo. Envolvido no caso, Aquino fez um acordo e, mediante delação premiada, entregou o esquema. Em artigo publicado em jornais de Campinas, o prefeito Hélio de Oliveira Santos o acusou de “criminoso”.

Em Campinas, segundo o promotor José Cláudio Tadeu Baglio, do Gaeco, só as empresas que pagassem uma “comissão” de 10% estabelecida pela quadrilha conseguiam fechar contratos com as administrações. Parte do dinheiro seria repassado para o caixa dois de políticos. Só em Campinas, a propina semanal atingia cerca de 300.000 reais, apontam as apurações em curso. “Não havia superfaturamento, mas direcionamento das concorrências”, diz Baglio. O Gaeco diz não ter encontrado indícios de envolvimento do prefeito, o que o livrou da denúncia. Mas dr. Hélio, como é conhecido, ainda corre o risco de sofrer um processo de impeachment.

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