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Campanha de Dilma procura Skaf para montar palanque em SP

PT quer aproximação com candidato do PMDB diante da dificuldade da campanha de Alexandre Padilha decolar e dos números sofríveis de aprovação da gestão Fernando Haddad

Por Felipe Frazão 21 jul 2014, 16h13

Atualizada às 18h30

Os altos índices de rejeição da presidente Dilma Rousseff em São Paulo e a estagnação do candidato do PT ao governo paulista, Alexandre Padilha, levaram a coordenação da campanha presidencial a buscar de vez uma aproximação com o candidato do PMDB ao Palácio dos Bandeirantes, Paulo Skaf. Coordenador da campanha de Dilma no Estado, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), afirmou nesta segunda-feira que se reunirá com Skaf para definir como será a participação da presidente e qual espaço o peemedebista pretende dedicar a ela. “Eu vou procurar o Skaf para saber o que eles estão pensando, como conduzir a campanha do Skaf e pedir votos para Dilma. Porque é PMDB, é aliado e tem um compromisso de campanha da Dilma”, disse Marinho, após caminhar com Padilha no ABC paulista. “Ele tem que pedir voto por fazer parte do arco de aliança da presidente.”

A campanha de Dilma tem a expectativa de que Skaf use pelo menos parte de seu tempo no horário eleitoral gratuito – o maior entre os candidatos do Estado – para promover a candidata petista. Segundo Marinho, a presidente poderá participar de atos de campanha separados com Skaf e com Padilha quando vier a São Paulo. Ainda não há acordo para que os dois dividam o mesmo evento com Dilma.

Ao menos em público, Skaf evita se vincular a Dilma. O peemedebista diz que “não entende esse negócio de palanque duplo” da presidente. Ele pretende usar como cabo eleitoral o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), fiador de sua candidatura. Mas Temer já garantiu que Skaf fará campanha pela presidente.

Em São Bernardo do Campo, o prefeito Luiz Marinho (PT) e o candidato do partido ao governo de Sao Paulo, Alexandre Padilha
Em São Bernardo do Campo, o prefeito Luiz Marinho (PT) e o candidato do partido ao governo de Sao Paulo, Alexandre Padilha (VEJA)
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Segundo pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira, a rejeição à presidente-candidata em São Paulo é de 47%, bem acima da média nacional, de 35%. Na capital paulista, a resistência à presidente é ainda maior: 49% dos eleitores não votariam em Dilma. Contribui para o desgaste da petista em São Paulo a baixa popularidade do prefeito Fernando Haddad (PT): após um ano e meio de mandato, 47% dos paulistanos reprovam sua gestão. Haddad tirou férias nesta semana, embora o ex-presidente Lula tenha determinado que o partido promova a gestão do prefeito para não prejudicar a campanha de Padilha. O ex-ministro disse que o afastamento “não tem relação com a campanha” e que Haddad participará das atividades eleitorais.

O Datafolha também testou dois cenários de segundo turno na disputa presidencial em São Paulo. O tucano Aécio Neves venceria Dilma por 50% a 31%, e o candidato do PSB, Eduardo Campos, por 48% a 32%. “A gente sabe que ela precisa de reforço em São Paulo. Vamos conversar com outras forças e fazer uma campanha não apenas baseada no PT. A campanha da Dilma é mais ampla no leque partidário”, disse o presidente do diretório estadual e coordenador da campanha de Padilha, Emidio de Souza.

Embate – Apesar de a campanha de Dilma ter determinado a aproximação com Skaf e defendido que ele seja poupado de ataques, apoiadores de Padilha passaram a fazer críticas abertas ao peemedebista. Há petistas escalados para dar “cotoveladas” em Skaf e outros destacados para atuar como “bombeiros”. Para viabilizar a candidatura de Padilha, o partido pretende colar em Skaf, presidente licenciado da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a imagem de “candidato do patrão”. “Esse é um discurso setorizado, não é da nossa campanha. Evidente que há militantes e sindicalistas com restrições abertas ao Skaf”, disse Emídio de Souza.

Padilha, por enquanto, evitou adotar esse tom. O ex-ministro faz menções indiretas a Skaf e nunca cita o nome do peemedebista. Nesta segunda, fez alusão a dois projetos que os marqueteiros de Skaf mais têm usado para promovê-lo, a rede de ensino do Sesi e do Senai. O petista disse que o programa de expansão do ensino técnico do governo federal, Pronatec, “parou com a história do Sesi e do Senai”, de os estudantes terem que pagar por ensino profissionalizante.

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