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‘Câmara já derrubou o governo’, diz Cunha

Presidente da Casa afirmou que o Senado deve agora decidir a questão com celeridade, já que tem-se agora um 'meio governo'

Por Da Redação 19 abr 2016, 19h33

Dois dias depois de o plenário aprovar por 367 votos o impeachment, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), disse que a Casa já derrubou, politicamente, o governo Dilma Rousseff, do qual ele é ferrenho opositor. Ele afirmou que o rito adotado pelo Senado deve ser “o mais célere possível”.

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“Para o país, essa postergação vai causar muitos prejuízos. A Câmara derrubou o governo. O Senado ainda não confirmou isso. Como vão ficar as relações? Semana que vem o governo não é reconhecido pela Casa. Semana que vem temos uma ainda presidente da República e ninguém vai reconhecer absolutamente nada. É uma paralisia do Congresso Nacional, até o Senado decidir”, disse Cunha em entrevista a jornalistas para depois explicar. “Eu digo que, politicamente, para a Câmara não tem governo. Ficou um meio governo.”

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Segundo o peemedebista, o governo Dilma “não tem mais condições” de aprovar nenhum projeto na Câmara. Ele também sinalizou que os deputados não vão participar de sessões do Congresso Nacional para analisar alterações na meta fiscal. “Acho que não vai ser votado nenhum projeto do governo, a não ser que seja para derrubar. Eu como presidente vou tocar a pauta, os partidos é que vão decidir o caminho”, declarou.

Ética – Cunha defendeu a decisão do primeiro vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), que barrou o uso de provas da Operação Lava Jato solicitadas ao Ministério Púbico e ao Supremo Tribunal Federal na representação contra o peemedebista no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Maranhão decidiu nesta terça-feira uma questão de ordem do deputado Carlos Marum (PMDB-MS). Ele pedia que o processo se limitasse à acusação de que Cunha mentiu à CPI da Petrobras ao negar ter contas no exterior. Ambos são aliados de Cunha.

Cunha alegou que a decisão do vice leva em conta, “por coerência”, o fato de a comissão especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff não ter admitido a discussão sobre a delação premiada do senador Delcídio do Amaral (MS), anexada aos autos posteriormente, mas que não fazia parte da denúncia original.

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“Não tem o que questionar. O critério que serve para um lado serve para outro. A decisão está lastreada na mesma que eu proferi na comissão especial do impeachment. A decisão é simples: você tem que responder a denúncia que te foi formulada, não uma denúncia aditada depois que foi aberto prazo de defesa. Tem que haver o mesmo procedimento”, disse Cunha.

O Conselho de Ética ainda não conseguiu aval da cúpula da Câmara para comprar passagens aéreas ao delator da Operação Lava Jato e operador de propinas do PMDB Fernando Baiano. Ele envolveu Cunha no esquema do propinoduto da Petrobras e disse que frequentou a casa do parlamentar, o que o peemedebista negou na CPI da Petrobras. Cunha impugnou o depoimento de Baiano, e afirmou que seria “desperdiçar dinheiro público” a Câmara arcar com os bilhetes aéreos.

Cunha reiterou que pagará as passagens aéreas das testemunhas arroladas por sua defesa e quem despachará sobre o caso também será Maranhão. “Não se tem o hábito na Câmara de pagar passagens de testemunhas que vem depor convidadas em comissões”, disse.

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