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Câmara aprova nova regra de direitos autorais de músicas

Sem a pressão dos artistas, que estiveram em peso no Senado na semana passada, deputados acrescentaram uma modificação no texto. Senadores terão que aprovar emenda

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 jul 2013, 22h35

Apesar da disposição em apreciar a toque de caixa o projeto de lei que regulamenta a atuação do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), entidade privada que detém o monopólio sobre os direitos autorais de composições e trilhas sonoras no Brasil, a Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira uma emenda que altera o texto enviado pelo Senado na semana passada. Com isso, em vez de a proposta seguir diretamente para sanção da presidente Dilma Rousseff, ela volta para análise dos senadores.

O texto foi aprovado na semana passada pelo Senado com a presença de diversos artistas no plenário, entre eles Roberto Carlos, Lenine e Erasmo Carlos. Nesta noite, sem estrelas para pressionar os parlamentares a apreciarem as mudanças no setor, o deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT) conseguiu aprovar, com aval da maioria do plenário, uma emenda que prevê a isenção da taxa de execução pública de obras quando o evento tiver finalidade filantrópica e utilidade pública com objetivo beneficente.

Na justificativa para mudar o texto já avaliado pelos senadores, o parlamentar afirma que o objetivo é “resguardar o direito autoral e fomentar as ações beneficentes por milhares de entidades sociais que cumprem o papel de terceiro setor”. Estão contempladas na lista das entidades que terão direito à isenção igrejas, templos, comunidades rurais, clubes de serviços e voluntários que se dedicam exclusivamente em prol da inclusão social.

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“Geralmente os próprios artistas doam seus direitos, mas o Ecad não”, argumentou o deputado Leitão. O parlamentar também respondeu às críticas de que estaria retardando a aprovação da proposta, feitas principalmente pela relatora Jandira Feghali (PCdoB-RJ): “Eles querem aprovar uma lei e, para que ela não volte ao Senado, teria de ser meia-boca”, disse ela.

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Senado – Pelo projeto aprovado pelos senadores na semana passada, o Ecad passará a ser fiscalizado por um órgão específico e precisará prestar informações sobre a distribuição dos recursos arrecadados com a veiculação de músicas. Atualmente, cabe à assembleia geral do Ecad aprovar a entrada de novas associações no grupo e decidir os preços cobrados pelas obras executadas.

Em 2012, conforme relatório do senador Humberto Costa (PT-PE), o Ecad arrecadou 624,6 milhões de reais e distribuiu 470,2 milhões à classe artística. O projeto aprovado pelo Senado estabelece, por exemplo, que compositores recebam 85% de tudo que for arrecadado pelo uso das obras e não mais 75%, como ocorre atualmente. Também estão previstas a criação de um cadastro unificado de obras para evitar a falsificação de dados e a duplicidade de títulos e a obrigação de emissoras de rádio e TV a tornar pública – e não mais apresentar por amostragem – a relação completa das obras que utilizou.

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