Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Câmara aprova mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos

Proposta é consequência do fim da reeleição, aprovado pela Casa há duas semanas; Casa rejeitou coincidência de eleições

Por Gabriel Castro, de Brasília
10 jun 2015, 21h43

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece o mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos. A medida, que só terá efeito a partir de 2020, teve 348 votos favoráveis, 110 contrários e 3 abstenções.

Esta é a terceira mudança no sistema eleitoral aprovada pela Câmara na discussão da reforma política. Antes disso, a Casa havia aprovado o fim da reeleição e incluído na Constituição a possibilidade de que empresas financiem partidos políticos (mas não candidatos individualmente) durante as eleições.

Leia também:

Câmara rejeita instituição do voto facultativo

Reinaldo Azevedo: Voto obrigatório: Câmara referenda o atraso

Continua após a publicidade

Todas as mudanças necessitam de apreciação em segundo turno na própria Câmara e do aval do Senado para entrar em vigor. Os deputados também rejeitaram nesta quarta-feira a coincidência de eleições. Ou seja: vereadores e prefeitos continuarão sendo escolhidos em um pleito a parte.

Se a proposta entrar em vigor, os mandatos de cinco anos passarão a valer em 2020 para vereadores e prefeitos e em 2022 para deputados, governadores e presidente. Para o Senado, a nova regra entra em vigor em dois tempos: para os parlamentares eleitos em 2022 (um terço da Casa), renovando as cadeiras preenchidas em 2014; e em 2027 para os demais senadores (dois terços da Casa), que vão suceder aos parlamentares eleitos em 2018 – estes, portanto, terão exercido um mandato de nove anos.

A alteração no tempo de mandato é uma consequência da aprovação do fim da reeleição para os cargos do Executivo. A maior parte da Câmara considerou que um mandato único de quatro anos era insuficiente. O deputado Danilo Forte (PMDB-CE) defendeu a mudança: “Com quatro anos, o projeto que fez a comunidade eleger um prefeito ou governador vai se exaurir porque não haverá tempo de cumpri-lo”, afirmou.

O texto foi criticado por alguns parlamentares; em parte, porque estende os mandatos de parlamentares – que continuam autorizados a se reeleger. Outro argumento contra a proposta é a de que, ao alterar o tempo de mandato dos senadores, pode prejudicar a tramitação da reforma no Senado. “Quando estiver entrando no salão azul (do Senado) essa proposta vai ser barrada e devolvida à Câmara dos Deputados”, disse Mendonça Filho (DEM-PE).

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.