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Caciques do PMDB decidem nome de substituto de Novais

Reunião para bater o martelo sobre novo ministro do Turismo ocorre no gabinete do vice Michel Temer. Uma coisa é certa: nome virá da Câmara

Por Gabriel Castro e Adriana Caitano
14 set 2011, 17h14

Líderes do PMDB, partido de Pedro Novais, reúnem-se em Brasília, nesta quarta-feira, para decidir o futuro do ministro do Turismo. O encontro ocorre no gabinete do vice-presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto. O líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), já está discutindo a sucessão de Novais com o vice. O presidente nacional da legenda, senador Valdir Raupp (RO), está a caminho do Planalto.

Já Novais chegou há pouco ao Planalto. “Vim visitar meu amigo Michel Temer”, limitou-se a dizer.

Na reunião, os caciques peemedebistas vão bater o martelo sobre o nome do novo ministro, que entregará à presidente Dilma Rousseff sua carta de demissão ainda nesta quarta. Já se sabe que o novo titular do Turismo virá da Câmara dos Deputados, o que excluiu da bolsa de apostas o ministro Moreira Franco e o ex-ministro Geddel Vieira Lima. “Vai ser um parlamentar da Câmara, isso está decidido”, disse ao site de VEJA Henrique Eduardo Alves ao chegar. O preferido dele, aliás, é o piauiense Marcelo Castro. Outros nomes cotados são o do capixaba Lelo Coimbra e o do mineiro Leonardo Quintão, embora o líder do partido na Câmara não confirme a informação.

Dinheiro público – Sem apoio do partido, o ministro está à deriva há mais de um mês por denúncias de irregularidades e corrupção. Novais viu sua situação ficar insustentável após duas revelações feitas pelo jornal Folha de S. Paulo: o fato de ele usar dinheiro público para pagar o salário de sua governanta durante sete anos, quando era deputado, e o uso irregular de um funcionário da Câmara como motorista particular de sua mulher.

Novais não parece tão afeito ao cargo. Na terça à noite, procurado por Henrique Eduardo Alves para explicar as irregularidades na contratação de seus funcionários, saiu-se com a seguinte justificativa, conforme informou o Radar on-line: “Não pedi para ser ministro.”

Conforme noticiou a coluna Radar on-line, o vice-presidente Michel Temer chegou a Brasília por volta de 16 horas e Dilma já avisou que vai conversar com Novais nesta tarde. Temer esteve internado em São Paulo por causa de uma infecção intestinal. Mais, cedo, ao participar de um seminário em Brasília, Dilma disse que cobraria explicações do ministro. “Primeiro a gente pede as explicações. Vamos encaminhar isso hoje, avaliar qual a situação e tomar as medidas cabíveis de forma muito tranquila”, afirmou a presidente.

O presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp, esteve com a presidente Dilma Rousseff no final da manhã. Ele acompanhou a reunião de Dilma com o governador de Rondônia, Confúcio Moura. Na saída, evitou entrar em detalhes sobre a situação de Pedro Novais. “Vamos falar com as lideranças na Câmara e com o vice-presidente Michel Temer. Aguardamos esclarecimentos.” Questionado se não se preocupava com a imagem do PMDB após o afastamento de dois ministros por corrupção e irregularidades, Raupp respondeu: “Não se pode comprometer uma legenda por causa de uma pessoa.”

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