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Bombeiros manifestantes são libertados da prisão

Habeas corpus chegaram no fim da madrugada ao quartel em Niterói em que o grupo estava detido desde o último sábado

Por Da Redação
11 jun 2011, 10h36

Os 429 bombeiros e dois policiais militares que estavam presos no quartel de Charitas, em Niteróri (RJ), há oito dias, por terem participado da invasão do Quartel Central da corporação, foram libertados na manhã deste sábado. Na última madrugada, o desembargador Cláudio Brandão de Oliveira, do plantão judiciário do Tribunal de Justiça, concedeu habeas corpus ao grupo e os alvarás de soltura da maioria dos presos chegaram por volta de 4 horas.

O início da libertação dos bombeiros foi às 9h15. Aos poucos, eles deixavam o cárcere e se concentravam em frente ao quartel. Eles foram recebidos por familiares com queima de fogos e saíram juntos marchando e carregando bandeiras do Brasil e faixas com pedidos de socorro e anistia. Depois de deixarem o quartel de Charitas, em Niterói, eles foram aplaudidos por moradores da cidade e ouviram as buzinas dos motoristas que passavam pela região. Líderes do movimento avaliam que o episódio deu força ao grupo para as negociações com o governo do estado.

Os bombeiros prometem organizar novas manifestações no Rio nos próximos dias. “Não vamos parar até que se chegue a um consenso”, declarou Laércio Soares, porta-voz do movimento. No domingo deve ocorrer uma passeata na orla da cidade. A previsão é que policiais e professores do estado, que também estão em campanha por melhores salários e condições de trabalho, engrossem o protesto. O comando da PM determinou que policiais fiquem de prontidão nos quartéis no fim de semana, em uma tentativa de esvaziar o movimento.

Processo – Na noite da sexta-feira (10), o Ministério Público do Rio (MP-RJ) denunciou os manifestantes à Justiça. No documento, os promotores Leonardo Cuña e Isabella Pena Lucas apontam 14 bombeiros como líderes do movimento e responsáveis pela invasão ao quartel. Eles foram denunciados por motim, dano em material de utilidade militar e dano em instalação militar.

As penas somadas chegam a 19 anos de reclusão. Para os militares que apenas participaram da invasão, as eventuais condenações podem somar 17 anos. Os relatórios dos promotores Leonardo Cuña e Isabella Pena Lucas foram encaminhados à Auditoria Militar do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Os militares também vão responder a inquéritos administrativos na corporação.

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Antes da iniciativa do Ministério Público, os líderes já diziam que o próximo passo seria pressionar pela anistia de todos os punidos, não só pela invasão ao Quartel General dos bombeiros, mas também os atingidos por ações administrativas.

Os bombeiros faziam manifestações desde abril deste ano por melhorias nas condições de trabalho e por aumento salarial. Na quinta-feira, o reajuste foi antecipado, o que significou mais 78 reais no bolso do soldado iniciante, que de 1.187 reais passará a receber 1.265 reais. A quantia ainda está distante do pedido de 2.000 reais líquidos.

(Com Agência Estado e Reuters)

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