Vice deve assumir coordenação da campanha de Marina

Cargo era ocupado por Carlos Siqueira, secretário-geral do PSB, que deixou a função após ter se ofendido com a fala de Marina Silva

Por Talita Fernandes
21 ago 2014, 20h51

Beto Albuquerque, vice de Marina Silva, deve assumir coordenação da campanha (Zanone Fraissat/Folhapress)

Depois da tensa saída do secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, da coordenação da campanha de Marina Silva, o cargo deverá ser ocupado pelo vice da chapa, o deputado Beto Albuquerque. O partido cogitou o nome de Milton Coelho, que foi vice-prefeito de Recife e chefiava a área de mobilização da campanha ao lado de Pedro Ivo. Mas Coelho também resolveu deixar a campanha nesta quinta-feira, alegando que sua participação estava vinculada à relação pessoal com Eduardo Campos, morto na semana passada.

Nos dois últimos dias, o clima das reuniões do partido foi tenso, marcado pelo desentendimento entre Siqueira e Marina. O secretário do partido afirmou nesta quinta-feira que a ex-senadora “não representa o legado de Eduardo Campos”.

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Saída de coordenador é ‘mal-entendido’, afirma Marina

O desentendimento aconteceu durante a escolha da nova equipe da campanha, que passou por algumas alterações após Marina assumir a candidatura. A ex-senadora indicou Walter Feldman, da sua Rede Sustentabilidade, para coordenar a campanha e disse que o PSB deveria escolher seu representante para a mesma função. Ao não ser citado, Siqueira sentiu-se desprestigiado e disse ter sido maltratado pela candidata. Para tentar minimizar o estrago, Marina classificou o episódio como um “mal-entendido”.

Um socialista que compõe a Executiva do partido relatou ao site de VEJA que desentendimentos eram corriqueiros mesmo quando Campos estava à frente da chapa. “É normal que as pessoas se sintam esgotadas durante a campanha. Várias vezes o Carlinhos (como Siqueira é chamado por aliados) entrou na sala do Eduardo e disse que não aguentava mais”, disse.