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Delegada diz que vídeo prova maus-tratos a Bernardo

Vídeo encontrado no celular do pai do menino mostra briga familiar

Por Da Redação
26 ago 2014, 21h09

Um vídeo encontrado no celular do pai do menino Bernardo, assassinado em abril, aos 11 anos, foi apresentado pela Polícia Civil ao juiz Marcos Luis Agostini durante audiência realizada nesta terça-feira no Foro de Três Passos (RS). O material, segundo a delegada Caroline Bamberg Machado, contém imagens da madrasta, a enfermeira Graciele Ugulini, e do pai, o médico Leandro Boldrini, ameaçando e agredindo Bernardo dentro de casa. Em uma das cenas, o médico aparece dopando o filho, que fica “grogue” após tomar um remédio sob orientação do pai, conforme a delegada. “(O vídeo) Mostra como o Bernardo era tratado dentro de casa”, disse a delegada. O material havia sido apagado do aparelho e foi recuperado por técnicos do Instituto Geral de Perícias da Polícia Civil gaúcha.

A delegada foi a primeira da série de 77 testemunhas que o juiz vai ouvir na fase de instrução do processo. O inquérito da Polícia Civil e a denúncia do Ministério Público apontam o pai do menino como mentor do crime. Graciele foi denunciada como executora do plano, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz e o motorista Evandro Wirganovicz são acusados de cumplicidade. Todos estão presos. O pai e a madrasta recorreram ao direito de não ir à audiência. Os irmãos Wirganovicz foram e ouviram vaias e palavrões de um grupo de dezenas de pessoas na entrada do fórum.

Durante a briga registrada no vídeo, segundo o jornal gaúcho Correio do Povo, a madrasta diz a Bernardo que ele teria o mesmo destino da mãe, que se suicidou em 2010. O jornal gaúcho Zero Hora transcreveu uma frase dita pela madrasta na ocasião: “Vamos ver quem vai para baixo da terra primeiro”. Ao todo, estão arroladas para prestar depoimento 25 testemunhas de acusação e 52 de defesa. Ao final, serão tomados os depoimentos dos réus e colhidas as alegações finais das partes. O juiz decidirá então pela absolvição, condenação ou encaminhamento para o Tribunal do Júri. Não há data prevista para o final do processo.

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(Com Estadão Conteúdo)

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