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Barusco diz ter recebido US$ 4 mi de propina da Odebrecht

Ex-gerente da Petrobras, que já havia admitido o desvio de US$ 97 milhões, identificou repasses recebidos de empresas ligadas à construtora no exterior

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 ago 2015, 17h00

O ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco informou ao Ministério Público ter recebido pouco mais de 4 milhões de dólares em propina da construtora Odebrecht em pagamentos no exterior. Ele já havia encaminhado aos investigadores comprovantes de depósitos que confirmavam o pagamento de aproximadamente 1 milhão de dólares em propina pela Odebrecht, mas esse valor dizia respeito apenas aos repasses feitos pela offshore Constructora Del Sur, apontada pelo MP como um dos meios da empreiteira para pagar vantagens indevidas. Entre 2008 e 2009, a Constructora Del Sur fez pelo menos dez repasses para a Pexo Corporation, de Barusco.

Em novo documento enviado aos investigadores da Lava Jato, Barusco informou agora que, depois de o Ministério Público ter apresentado denúncia contra executivos da Odebrecht, ele tomou conhecimento de que as empresas Klienfeld Services e Innovation Research Engineering, intermediárias de propina destinada a ele, também pertenceriam à construtora. Calculando os repasses de dinheiro sujo por intermédio das novas offshores, o delator informou que recebeu, em 2009, 4,12 milhões de dólares em vantagens indevidas.

Em acordo de delação premiada, Barusco admitiu ter desviado um total de 97 milhões de dólares da Petrobras.

O presidente do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e outros executivos da empresa são réus em um processo decorrente da Operação Lava Jato. O Ministério Público afirma ter documentado a prática de 56 atos de corrupção e 136 lavagens de dinheiro para beneficiar a Odebrecht. Foram movimentados 389 milhões de reais em corrupção e 1,063 bilhão de reais com a lavagem.

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O cerco contra a maior empreiteira do país apertou depois que os investigadores da Lava Jato detectaram mensagens cifradas de Marcelo Odebrecht e encontraram novas contas correntes ligadas ao grupo – abertas em nome das offshores Smith & Nash Engineering Company, Arcadex Corporation, Havinsur S/A, Golac Project, Rodira Holdings, Sherkson Internacional e utilizadas para pagar propina a ex-funcionários da Petrobras.

Em nota, a construtora Odebrecht disse que “se manifestará no âmbito do processo judicial já instaurado, mas registra seu estranhamento pelo fato noticiado, bem como pela constante ‘alteração’ dos depoimentos dos delatores”.

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