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Barra do Piraí de luto pelo menino João Felipe

Crime brutal chocou a cidade. Menino de 6 anos foi encontrado morto em uma mala. Segundo a polícia, assassina é uma manicure, amiga da mãe da vítima

Por Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
26 mar 2013, 20h45

Este é o segundo episódio bárbaro na vida da família. Há 18 anos, Vanuza Bichara Braga, tia de João Felipe, foi assassinada a tiros pelo marido. Na época, Vanuza tinha 23 anos e deixou um filho de 1 ano, que foi criado pelo avô materno

A cidade de Barra do Piraí, no Sul Fluminense, terá três dias de luto. O prefeito Maércio de Almeida tomou a decisão em razão da grande comoção causada pelo assassinato do menino João Felipe Eiras Santana Bichara, de 6 anos, encontrado em uma mala na tarde de segunda-feira. A assassina, segundo a Polícia Civil, seria a manicure Suzana do Carmo de Oliveira Figueiredo, de 22 anos, amiga da mãe do menino. De acordo com o delegado Mário Omena, da 88ª Delegacia de Polícia (Barra do Piraí), o crime foi premeditado. Suzana, diz Omena, ligou para a escola do menino se passando por uma tia do garoto, dizendo que ia busca-lo. A manicure levou a criança para o Hotel São Luiz, no Centro da cidade, e o asfixiou até a morte com uma toalha.

A manicure Suzana do Carmo de Oliveira Figueiredo, acusada de matar o menino João Felipe, em Barra do Piraí
A manicure Suzana do Carmo de Oliveira Figueiredo, acusada de matar o menino João Felipe, em Barra do Piraí (VEJA)

O enterro de João Felipe foi realizado na tarde desta terça-feira, sob forte emoção. Este é o segundo episódio bárbaro na vida da família. Há 18 anos, Vanuza Bichara Braga, tia de João Felipe, foi assassinada a tiros pelo marido. Na época, Vanuza tinha 23 anos e deixou um filho de 1 ano, que foi criado pelo avô materno.

Avô de João Felipe, Heraldo Bichara, 71 anos, expressou a dor da família. “Está sendo muito difícil. Era um menino que tinha a vida toda pela frente, tinha tudo para ter uma vida feliz. Foi como se tivesse caído uma bomba atômica na nossa cabeça”, disse Heraldo, pouco antes do sepultamento.

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A polícia suspeita que o crime tenha sido motivado por vingança. O crime chocou a população da pacata Barra do Piraí, de cerca de 95.000 habitantes. A segurança da delegacia precisou ser reforçada para evitar que a suspeita fosse linchada. João Felipe sumiu por volta das 14h30 de segunda-feira, após ser buscado na escola onde estudava, o Instituto de Educação Franciscana Nossa Senhora Medianeira, escola religiosa de classe média alta da região.

Segundo o delegado Mário Omena, da 88.ª Delegacia de Polícia (Barra do Piraí), Suzana teria ligado para o colégio se passando por uma tia do garoto, dizendo que ia buscá-lo porque ele tinha uma consulta médica. Ela foi à escola de táxi. “Quando estava perto do colégio, ela simulou que estava falando ao celular e pediu ao taxista para pegar o garoto. Em seguida, o taxista os levou ao Hotel São Luiz, no centro da cidade, onde Suzana asfixiou o menino até a morte com uma toalha no rosto”, contou o delegado.

Segundo Omena, cerca de 20 minutos depois de dar entrada, Suzana saiu do hotel carregando o menino nos braços, como se ele estivesse dormindo. Ela pegou outro táxi e voltou para sua casa, na Rua Cristiano Otoni, também no centro. Lá, a manicure despiu o menino e o colocou dentro de uma mala. Depois, saiu para confortar Aline, mãe de João Felipe.

(Com Estadão Conteúdo)

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