Presidente do STF anunciou que se aposentará em junho e não revelou seus planos para o futuro: "Quero descansar e ver os jogos da Copa do Mundo"
Por Laryssa Borges e Talita Fernandes, de Brasília
29 Maio 2014, 18h05
Depois de anunciar que vai antecipar sua aposentadoria e deixar o Supremo Tribunal Federal (STF) em junho, Joaquim Barbosa afirmou nesta quinta-feira que quer se desvincular da ação penal do mensalão, processo que relatou. “Esse assunto está completamente superado. Sai da minha vida a ação penal do mensalão e eu espero que saia também da vida de vocês, jornalistas. Chega desse assunto”, afirmou.
Embora tenha sido isolado por parte dos ministros durante o julgamento do mensalão, Barbosa afirmou não ter nenhuma “decepção” pelos quase onze anos que permaneceu no Supremo. “Minha concepção da vida pública é pautada pelo princípio republicano de que os cargos têm que ser ocupados por um determinado prazo e depois deve se dar oportunidade a outras pessoas. E eu já estou há onze anos”, declarou.
Cortejado por partidos políticos para disputar eleições a partir de 2016, Barbosa desconversou e disse que, em janeiro, durante o recesso do Judiciário, decidiu que iria deixar de vez a corte antes da aposentadoria compulsória dos 70 anos. “Meus planos mais imediatos são dois: ver a Copa do Mundo em Brasília e descansar um pouco. Tenho convites para dar aulas, mas não sei. Preciso de descanso inicialmente”, afirmou. “Não pretendo ir para o exterior imediatamente”, completou.
Defensor da possibilidade de candidaturas avulsas a cargos eletivos, o que o desvincularia da exigência de se filiar a um partido político, o ministro afirmou que as cadeiras no Supremo também devem ter rotatividade para “dar lugar a novas cabeças, novas visões do mundo, do Estado e da sociedade”. “O tribunal vem passando por mudanças e vai passar daqui até 2018. Já começa a ser um tribunal diferente. Em 2018, com certeza sairá de cena o STF dos últimos sete ou oito anos, razão a mais para eu me antecipar e dar lugar para outras pessoas. É importantíssima a renovação”, disse.
Ao ser sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado em 2003, Barbosa já havia defendido que os magistrados permanecessem no STF por um período aproximado de doze anos, independentemente da atual exigência de aposentadoria aos 70 anos. Ele permaneceu na corte por quase onze anos, que seriam completados no próximo dia 25.
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