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Avião caiu em ‘potência máxima’, diz jornal

Especialistas em aviação apontam características que reforçam a tese de que a aeronave não desacelerou antes do impacto

Por Da Redação
15 ago 2014, 08h40

Peritos que trabalham na investigação do acidente com o avião do candidato Eduardo Campos dizem que as características dos destroços em solo indicam que a aeronave estava em “potência máxima” quando caiu. As informações foram divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo, na edição desta sexta-feira.

Há fortes indicíos, segundo os especialistas ouvidos pelo jornal, que apontam no sentido de que o jato Citation, prefixo PF-AFA, não desacelerou antes da queda. Um deles é a imensa cratera aberta após a queda da aeronave, com quatro metros de profundidade. Outro, é a grande fragmentação dos destroços da fuselagem do avião, concentrados em um pequeno raio. E ainda, o tipo de dano que sofreram as duas turbinas, encontradas com as pás retorcidas e terra.

Especialistas apontam que, em caso de queda de avião, uma das características mais comuns quando os pilotos tentam realizar um pouso forçado é o rastro de destruição deixado pelo impacto. No caso do acidente com a aeronave que transportava o presidenciável, as imagens mostram que há apenas uma grande cratera. Imóveis ao redor sofreram avarias, mas o impacto foi quase vertical.

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A Polícia Civil e a Aeronáutica investigam a hipótese de “desorientação espacial” dos pilotos. A desorientação seria causada pelo mau tempo, no momento da queda a visibilidade era bastante reduzida e os profissionais podem ter perdido a noção de onde estavam. Relatos de moradores da Baixada Santistas apontam que a aeronave voava baixo no momento do acidente. Outra característica que pode ter contribuído para a queda do jato, aliada a baixa visibilidade, seria a condição da pista da Base Aérea de Santos, no Guarujá. O local é apontado como difícil até mesmo para pilotos experientes. A pista, considerada curta, mede 1.390 metros, e fica localizada em uma espécie de vale.

Segunda nota emitida pela Aeronáutica, o piloto do jato arremeteu em razão do mau tempo e logo depois a aeronave caiu. Um avião arremete quando está mais rápido, mais alto ou mais baixo, por exemplo, do que deveria, segundo especialistas.

A Aeronáutica ressalva que é preciso estudar diversos fatores e que a desorientação não é a única possibilidade para a causa do acidente. Está em apuração, por exemplo, se houve pane no jato, um Cessna Citation 560 XL fabricado em 2010.

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A análise do motor será essencial para desvendar os motivos da queda. A aeronave não tinha gravador de dados de voo, que, em uma investigação, permite saber o comportamento do avião e dos seus equipamentos nos momentos antes da queda. A aeronave tinha apenas o gravador de dados de voz, já recuperada pela Aeronáutica. O dispositivo registra as conversas entre os pilotos.

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