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Auditor diz que outros dez fiscais participavam de máfia

Luís Alexandre de Magalhães afirmou que auditores captavam novas empresas interessadas no esquema; ex-chefe da gabinete da Secretaria Municipal de Finanças, Paula Sayuri, recebia mesada de 10 mil reais da quadrilha

Por Da Redação
12 dez 2013, 09h24

O auditor fiscal Luís Alexandre de Magalhães, primeiro envolvido no caso da máfia do Imposto sobre Serviços (ISS) a aceitar delação premiada, afirmou em depoimento ao Ministério Público Estadual (MPE) que pelo menos outros dez auditores fiscais da prefeitura de São Paulo participaram do esquema que desviou cerca de 500 milhões de reais dos cofres públicos.

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, Magalhães informou que esses auditores tinham função de “corretores” e captavam novas empresas interessadas em reduzir ilegalmente o valor do imposto a ser pago ao município em troca de propina. Em novembro, o auditor negou que o esquema abordasse as construtoras e informou que as empresas procuravam os corruptos.

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No depoimento, o auditor também teria dito que esses “corretores” ficavam com 15% da propina paga pelas construtoras. Os fiscais que comandavam o esquema dividiam o restante.

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Reportagem do jornal O Estado de São Paulo afirma que o depoimento traz informações sobre o envolvimento da ex-chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Finanças, Paula Sayuri Nagamati. Segundo o documento, ela recebia 10.000 reais mensais do grupo para repassar informações da cúpula da secretaria à quadrilha.

Paula já havia sido ouvida pelo Ministério Público. Na ocasião, ela informou que o ex-secretário de governo de Fernando Haddad (PT), Antônio Donato, teria recebido dinheiro da quadrilha. Pressionado, ele pediu demissão da prefeitura. Em outro depoimento, Paula afirmou que o ex-secretário Walter Aluísio e seu adjunto, Silvio Dias, frequentavam uma sala comercial alugada pelo suposto chefe da quadrilha, Ronilson Bezerra Rodrigues. O local era conhecido como “ninho da corrupção”.

Segundo a advogada da ex-secretária, Thais Pires Monteiro, Paula vê a acusação com estranheza e se descreve como uma testemunha do esquema. O nome dos outros auditores não foram revelados pelo MP.

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