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Ato contra corrupção reúne 2,5 mil pessoas no Rio

Por Da Redação
20 set 2011, 20h30

Por Alfredo Junqueira e Felipe Werneck

Rio – A manifestação “Todos Juntos contra a Corrupção – Compartilhe Honestidade”, realizada hoje na Cinelândia, no centro do Rio, foi marcada pela espontaneidade dos participantes, presença reduzida de jovens, discursos contraditórios e a inexperiência dos organizadores, que misturavam falas genéricas com músicas de protesto e longos períodos de silêncio. O ato, que foi idealizado a partir das redes sociais e conquistou o apoio de mais de 33 mil usuários no Facebook, conseguiu reunir cerca de 2,5 mil pessoas, de acordo com estimativa da Polícia Militar.

Apesar da indignação e dos protestos contra a corrupção terem sido o principal mote do ato, as palavras de ordem se multiplicavam. Muitos cartazes improvisados e feitos à mão faziam referência à “faxina” promovida pela presidente Dilma Rousseff no governo federal. Uns apoiavam e outros reclamavam que a “limpa” havia sido interrompida.

As reivindicações eram variadas. Manifestantes apoiavam a Lei da Ficha Limpa, o voto distrital, a campanha “Fora Ricardo Teixeira”, a aprovação da PEC 300. Houve protestos até por questões locais, como o sucateamento do sistema de bondes de Santa Teresa e campanhas por drenagem e pavimentação de ruas.

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Embora os organizadores falassem o tempo todo que não eram contra políticos e nem partidos políticos, seus discursos se referiam aos “vagabundos que estão no poder”, à “cambada de ladrões de Brasília”, a “esses patifes que não podem se proteger na imunidade”. Vassouras foram distribuídas pela ONG Rio de Paz e coloriram de verde e amarelo a área da manifestação.

No início da noite, o movimento grevista dos bombeiros do Estado do Rio reforçou a manifestação, com mais de 300 homens que marcharam desde a Assembleia Legislativa, a um quilômetro da Cinelândia. Palavras de ordem contra o governador Sérgio Cabral começaram a competir com os discursos que vinham do carro de som.

Cristo, PSOL e Legião Urbana

Políticos como o vereador Eliomar Coelho e o deputado Marcelo Freixo, ambos do PSOL, foram hostilizados, sob acusação de oportunismo, e defendidos por outros. Fernando Gabeira e Fernando Peregrino, candidatos derrotados ao governo do Rio ano passado, também compareceram.

Fantasiado de Cristo crucificado, o mineiro André Luiz dos Santos vestia uma camiseta com a frase “Sinto vergonha das autoridades constituídas do meu País.”

O aposentado da Petrobras Lacyl Pereira, de 74 anos, segurava um cartaz com a frase “Presidente Dilma, afasta esse maldito cálice (Lula) da senhora”, escrito em Pilot. Até Nelson Couto, o xerife da Confraria do Garoto, de 66 anos, apareceu, segurando uma placa: “Falta Moral de Cívica.” Do carro de som, a trilha teve de Legião Urbana a Chico Buarque. Homens do Batalhão de Choque ficaram de prontidão na praça, em um ponto afastado dos manifestantes.

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