Crime da Sé: atirador já havia sido preso e era conhecido na região central de SP
Morador de rua tentou conter assaltante e acabou morto por ele; criminoso foi alvejado pela polícia e também morreu
Um dia após a morte de duas pessoas na escadaria da Praça da Sé, surgem novas informações sobre os envolvidos no crime ocorrido sexta-feira no centro de São Paulo. Frequentadores do local afirmaram que Luiz Antonio da Silva, de 49 anos, era morador da região da cracolândia e costumava circular pela Praça da Sé armado. Com ele, além do revólver calibre 38 com que atirou em Francisco de Lima, foram apreendidos munições e um simulacro de pistola.
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“Era conhecido como Alemão e já ficou preso por muitos anos. Disseram que apanhou na semana passada e veio armado aqui para pegar o cara. Hoje (ontem), ele pegou essa moça quando ela estava saindo do banco e deu uma coronhada na cabeça dela”, comentou a comerciante Thais Aparecida de Souza Silva, de 26 anos.
“Foi um pensamento errado dele. Ele queria alguma coisa dela e fez isso”, disse o músico Paulo Pereira Pimentel, de 57 anos, frequentador da praça. “Ele também era chamado de motoqueiro, porque aparecia em uma moto por aqui”, afirmou. “Muita gente conhecia ele”, completou um morador de rua, que pediu para não ser identificado.
Longa ficha – Sillva tinha uma longa ficha criminal, com passagens por roubo, tentativa de homicídio, furto, dano, lesão corporal, resistência e tráfico de drogas. De acordo com as informações da Polícia Militar, já sido condenado a 22 anos de prisão.
Já o morador de rua Francisco de Lima, morto ao tentar salvar a refém, era conhecido de poucos. “Mas era gente boa e sempre ajudava a gente. Ele teve depressão, mas sempre estava do nosso lado”, disse o chapeiro Benedito de Moura Silva, de 35 anos. Lima também tinha passagens na polícia – por homicídio, receptação, incêndio criminoso e periclitação de vida (pôr em risco a vida de alguém).
(Com Estadão Conteúdo)