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Atendimento a dependentes aumentou 50% após operação

No entanto, rede pública não integra serviços necessários para manter viciado longe das drogas; 106 pacientes foram encaminhados para internação

Por Cida Alves
28 jan 2012, 08h57

Desde que começou a operação Centro Legal na Cracolândia, o número de atendimentos nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) da região central de São Paulo aumentou em 50%, informa a Secretaria Municipal de Saúde. Os CAPS são unidades de portas abertas onde os dependentes se tratam sem ficarem internados. No caso dos pacientes encaminhados para internação, foram 106 nos primeiros quinze dias da operação, iniciada em 3 de janeiro.

A coordenadora de Saúde Mental do município, Rosangela Elias, explica que a internação geralmente é indicada para os pacientes que apresentam algum problema de saúde mental juntamente com a dependência, ou para aqueles em situação de risco, que não conseguem se afastar das drogas para iniciar um tratamento. “Os que não apresentam nenhum quadro clínico associado ao vício podem ser encaminhados para as comunidades terapêuticas conveniadas”, disse.

Segundo a secretaria, o município oferece atualmente 371 leitos somente para o tratamento de dependentes químicos, sendo 80 no Serviço de Atenção Integral ao Dependente (SAID) e 291 em comunidades terapêuticas.

Rosangela Elias reconhece que a rede de atendimento ainda não é perfeita, mas enfatiza que a prefeitura tem garantido vagas de internação para todos que procuram tratamento. Para reforçá-la, a secretaria está credenciando dez residências terapêuticas próximas aos CAPS, onde os pacientes que não tem emprego nem casa ficariam por um tempo determinado até conseguir estabilidade para seguir o tratamento fora das clínicas de internação.

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Deficiências – A psiquiatra e pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Ana Cecilia Marques aponta que em São Paulo ainda há deficiência de vagas em leitos especializados para atendimento de viciados em crack, especialmente adolescentes e grávidas. Na sua avaliação, também falta uma integração entre os serviços de saúde e assistência social, além de haver poucas ações preventivas.

“Algumas pessoas não têm casa nem trabalho. Não adianta encaminhar para tratamento no CAPS sem oferecer recursos sociais mínimos para esses indivíduos”, afirma. A psiquiatra explica que um viciado em crack precisa estar em tratamento contínuo por, no mínimo, doze meses. Entre os usuários de crack, a necessidade de internação para deixar o vício é três vezes maior que no caso dos alcóolatras, por exemplo.

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