Após vídeo, STF abre inquérito contra Jaqueline Roriz
Parlamentar recebe dinheiro de operador de Mensalão em Brasília, em cenas divulgadas na semana passada. Ministro Joaquim Barbosa será o relator do caso
O Supremo Tribunal Federal abriu nesta quinta-feira inquérito para investigar a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF), que aparece em imagens recebendo dinheiro do operador do chamado Mensalão do DEM em Brasília, Durval Barbosa. O relator do caso é o ministro Joaquim Barbosa.
O inquérito foi aberto a pedido do Procurador Geral da República, Roberto Gurgel. Ele também solicitou que, em até 30 dias, a Polícia Federal faça uma perícia na fita em questão e colha o depoimento de Jaqueline Roriz. As imagens que geraram o inquérito mostram a deputada e o marido dela, Manoel Neto, recebendo maços de dinheiro de Durval Barbosa. As cenas foram gravadas em 2006, quando Jaqueline era candidata a deputada distrital.
Câmara – Também nesta quinta-feira, o PSOL apresentou um requerimento pedindo a abertura de sindicância contra a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF). O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e o presidente do PSOL no Distrito Federal, Toninho de Andrade, entregaram o requerimento à Corregedoria da Câmara.
Só na semana que vem, quando o Conselho de Ética estiver instalado, é que o PSOL vai poder apresentar outro pedido: o de abertura de processo por quebra de decoro parlamentar. Randolfe Rodrigues citou o caso do ex-senador Joaquim Roriz, pai de Jaqueline, para sustentar a necessidade de punição à deputada: flagrado negociando dinheiro de origem suspeita, Joaquim Roriz renunciou ao cargo para não ser cassado, em 2007. O caso em questão também ocorrera antes do início do mandato. “Como tem um precedente no Senado, creio que a Câmara poderá analisar o caso da mesma forma”, disse Randolfe.
Desde que as imagens vieram à tona, Jaqueline Roriz tem se mantido em silêncio.