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Após madrugada tensa, lojas abrem no Brás

Manifestantes prometem que retomarão os protestos durante a noite. Uma reunião foi marcada na Prefeitura para discutir a situação dos camelôs

Por Bruno Abbud
26 out 2011, 13h51

A tensão entre manifestantes e policiais espalhados pelas ruas do Brás, na região central de São Paulo, diminuiu por volta das 12h30 desta quarta-feira. No fim da manhã, a região da Feira da Madrugada, palco de protestos protagonizados por camelôs proibidos de trabalhar desde terça-feira, retornava à normalidade. As lojas ergueram as portas e o trânsito voltou a fluir. A Polícia Militar, contudo, continua no local.

Os vereadores José Américo Dias (PT) e Adilson Amadeu (PTB) apareceram ao lado de Leandro Dantas, líder do Sindicato dos Camelôs Independentes de São Paulo (Sindcisp), para endossar a causa dos manifestantes. “Essa operação de repressão é ilegal”, disse Américo. “O Brás é um ponto turístico, vamos negociar para que os camelôs trabalhem até o fim do ano sem obstáculos”.

Amparado pelos aplausos de cerca de trezentos manifestantes, Américo anunciou que ele e o vereador Adilson Amadeu se reunirão com Maluf Rezek, assessor especial do prefeito Gilberto Kassab, e Ronaldo Camargo, secretário de Coordenação das Subprefeituras, para discutir a normalização da situação dos camelôs.

Américo informou ainda que a repressão aos vendedores ambulantes foi conduzida, em parte, por policiais que integram a chamada Operação Delegada, que, segundo o vereador, é formada por policiais que em momentos de folga prestam serviço à Prefeitura. “A Lei da Operação Delegada impede que esses policiais, que fazem bico oficial, pratiquem a repressão de massas”, afirmou Américo.

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Os Ambulantes que circulavam pelas ruas Oriente e Monsenhor Andrade se dispersaram, mas prometeram voltar à meia noite. “Agora todo mundo vai descansar”, avisou Leandro Dantas. “Depois, vamos voltar. Queremos voltar a trabalhar das 2 às 6h30 da manhã”. Os camelôs que se concentravam em frente à Feira da Madrugada no fim desta manhã repetiam sempre a mesma frase: “Queremos voltar a trabalhar”. Samuel Batista, 33 anos, há quase 10 como proprietário de uma barraca na rua Monsenhor Andrade, integrava a multidão. “Se a Prefeitura mandasse a gente pagar uma taxa para poder ficara aqui, nós pagaríamos”, disse. Os colegas de trabalho concordaram.

A prefeitura – Em nota divulgada no fim da tarde desta quarta-feira, a prefeitura informou que organizou um encontro entre lojistas das regiões do Brás e da 25 de Março (Alobrás e Univinco, respectivamente) e representantes das secretarias municipais da Coordenação das Subprefeituras, Desenvolvimento Econômico e Trabalho e Microempreendedor Individual, além da Polícia Militar. Segundo a nota, durante o encontro, os comerciantes reafirmaram o apoio à ação “para coibir o comércio ambulante irregular e ilegal na região do entorno do Pátio do Pari, conhecido como Feira da Madrugada”. Na reunião, a administração municipal garantiu que as ações serão mantidas. Juntas, a Alobrás e a Univincoas representam mais de 7.500 lojistas.

“Nesta terça-feira, um grupo formando por oito representantes dos manifestantes foi recebido, por determinação do prefeito Gilberto Kassab, na sede do governo municipal”, afirmou a nota. “Na reunião, os representantes dos manifestantes foram informados de que todos os vendedores ambulantes em situação irregular não poderão mais comercializar e terão de liberar as ruas do entorno da Feira da Madrugada. A Prefeitura ofereceu cursos profissionalizantes, orientação e assistência para formalização com possibilidade de acesso a linhas de crédito dos Programas São Paulo Confia e Banco do Povo”.

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