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Após a festa da vitória, começa a disputa por cargos entre PT e PMDB

Por Da Redação
2 nov 2010, 07h04

Além de cargos no Planalto e na Esplanada, o PMDB está também de olho na Caixa Econômica Federal, no Banco do Brasil e na Petrobras

Passada a festa pela eleição de Dilma Rousseff à Presidência, começa a briga entre PT e PMDB por cargos no novo governo. Na reunião em que recebeu assessores para tratar da equipe de transição do governo, Dilma chamou apenas os petistas mais próximos de sua campanha – e colocou dois deles, Antonio Palocci e Fernando Pimentel, na linha de frente do grupo. Alijado das decisões, o PMDB se irritou e mandou um recado: “Eles não vão governar sozinhos”, disse o deputado Eduardo Cunha (PMDB-SP) ao jornal O Estado de S. Paulo.

Além de cargos no Planalto e na Esplanada, o PMDB está também de olho na Caixa Econômica Federal, no Banco do Brasil e na Petrobras. Assumir a presidência da Caixa, responsável pela execução dos programas sociais do governo, como o Minha Casa Minha Vida, é o desejo do peemedebista Moreira Franco, que participou da coordenação de campanha de Dilma. O PT, porém, ocupa a presidência do banco desde 2003 e teria de tirar do cargo Maria Fernanda Coelho, militante de longa data do partido. Ela ocupa o cargo desde a demissão de Jorge Mattoso, que caiu na esteira do escândalo da quebra de sigilo do caseiro Francenildo.

“A briga vai ser difícil. O ideal é Dilma manter a Fernanda”, afirmou ao jornal O Globo o ex-líder do PT Maurício Rands (PE). Ele defende que o partido só negocie com o PMDB as 11 vice-presidências da Caixa.

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Com ativos de 725 bilhões de reais, o Banco do Brasil também é alvo de disputas, ainda mais porque, segundo O Globo, é dada como certa a saída do atual presidente da instituição, Aldemir Bendini. Embora a briga para assumir essa vaga envolva partidos da base aliada, o PT não pretende reduzir seu poder na administração do banco. Na Petrobras, a disputa também segue forte, sobretudo pela diretoria de Exploração e Produção (E&P), responsável pelos projetos do pré-sal. PT e PMDB dividem as seis diretorias da estatal, mas é com o partido de Dilma que está o comando da E&P. O PMDB já tentou emplacar um nome para o cargo há dois anos, mas sem sucesso.

Transição – Os coordenadores da campanha petista José Eduardo Cardozo, deputado federal, e José Eduardo Dutra, ex-senador e presidente do PT, ficarão responsáveis pelas conversas com os aliados para definir os ministérios. Ambos têm experiência no Congresso, o que é um trunfo valioso na negociação com parlamentares da base. Com a maior bancada do Senado (20 cadeiras) e a segunda maior da Câmara (89 cadeiras), o PMDB, partido do vice de Dilma, Michel Temer, deve pleitear grande espaço na nova gestão.

Além dos peemedebistas, Dilma terá de atender aos pedidos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu maior cabo eleitoral. Deverá encaixar alguns petistas graúdos que foram derrotados nas urnas, como Aloizio Mercadante, que perdeu na disputa pelo governo de São Paulo. O senador é cotado para o Ministério do Planejamento. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, Lula também quer que Dilma mantenha Guido Mantega como ministro da Fazenda. Já Henrique Meirelles, filiado ao PMDB, deve perder o posto de presidente do Banco Central, mas ganhar um “lugar importante” na nova equipe. Em seu lugar, deve assumir Luciano Coutinho, do BNDES, que também não está descartado para a Fazenda.

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