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Anac convoca empresas para tentar evitar novo caos aéreo

Proximidade das festas de fim de ano põe em alerta a agência, que detectou venda de passagens até para voos ainda não autorizados

Por Da Redação
21 nov 2010, 16h39

O risco vem da combinação de três fatores: a afluência em massa de passageiros estreantes, vindos da nova classe média; a venda de passagens além da capacidade das companhias, e o despreparo dos aeroportos para receber usuários que desconhecem os procedimentos de embarque.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) convocou para esta segunda-feira uma reunião, em regime de urgência, com os presidentes das principais companhias aéreas, além de representantes da Infraero, Polícia Federal, Receita Federal e Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).

O objetivo é tentar evitar que o inevitável aumento do fluxo de passageiros em dezembro, por conta das festas de fim de ano e início das férias escolares resulte em caos nos aeroportos como o verificado em outras ocasiões recentes de pico de movimento. Os executivos que comandam Gol, TAM, Webjet e Avianca confirmaram presença, e a Azul deve enviar seu diretor de operações.

O risco vem da combinação de três fatores: a afluência em massa de passageiros estreantes, vindos da nova classe média; a venda de passagens além da capacidade das companhias, e o despreparo dos aeroportos para receber usuários que desconhecem os procedimentos de embarque. Historicamente, no fim de ano, as empresas vendem entre 10% e 15% de bilhetes acima da quantidade de assentos dos aviões.

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Aos voos regulares e adicionais colocados para atender a demanda pontual, somam-se os fretamentos para operadores de viagens. Só a CVC, líder no segmento, fretará 2.660 voos para a alta temporada, um acréscimo de 25% ante igual período de 2009.

Segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”, a preocupação da Anac é maior porque as companhias aéreas estão vendendo passagens para voos extras que ainda não estão autorizados. Apenas uma grande companhia teria vendido cerca de 10 mil passagens acima da capacidade dos voos programados para o período.

Num evento da Câmara de Comércio França-Brasil realizado na noite de sexta-feira no Rio, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, confirmou que a venda excessiva de passagens está entre os assuntos a serem tratados no encontro marcado para amanhã.

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“(Vamos) estabelecer uma programação, como a gente fez no ano passado, para ter tranquilidade em relação a horários, atrasos, evitar venda de passagens excessivas, como eles faziam, evitar overbooking, todas essas coisas. Ou seja, vamos estabelecer regras neste sentido”, disse o ministro.

A diretora do Sindicato Nacional dos Aeronautas Graziella Baggio cobra vigilância da Anac sobre os voos fretados. “Há quatro anos a TAM teve um problemão. A CVC solicitou uma série de aeronaves para milhares de passageiros. Como a empresa não podia deixar de fazer os voos da operadora, porque haveria multa, acabou abandonando os voos normais.” Em 2006, a prática de overbooking pela empresa gerou caos às vésperas do Natal.

O diretor operacional do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, Ronaldo Jenkins, afirma que as empresas estão preparadas para dar contado aumento da procura por passagens. “Este ano, a demanda por voos aumentou cerca de 25%. No fim do ano, deve crescer ainda mais 15%. Todas as empresas estão com seu plano de contingência com o objetivo de atender esse excesso de demanda. E todos esses programas já foram enviados para a Anac.”

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(Com Agência Estado)

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