Alunos tentaram abafar estupro de colega em escola de SP
Um dos suspeitos, considerado o idealizador do ataque, enviou mensagens de voz aos outros colegas, orientando-os a não contar o que haviam feito
Um dos três estudantes que estupraram uma menina de 12 anos dentro da Escola Estadual Leonor Quadros, no Jardim Miriam, Zona Sul de São Paulo, enviou mensagens de voz aos outros dois colegas, após o ataque, orientando-os a não contar o que havia acontecido. A informação é da Polícia Civil. Ele também pediu ajuda para tentar “resolver” o caso. Considerado o mentor do crime, o suspeito mudou de cidade com a família e ainda não foi localizado. Os outros dois confessaram a agressão sexual.
O mesmo jovem que tentou abafar o estupro ameaçou a aluna, dias depois do crime, por meio de uma mensagem no Facebook. Ele pediu para que ela não contasse a ninguém sobre o estupro. Ele ainda negou sua participação no crime. “Ele mandou uma mensagem dizendo que não tinha sido ele. Minha filha ainda teve o sangue frio de responder, falando que olhou nos olhos dele [no dia do crime] e sabia muito bem o que o menino tinha feito”, contou a mãe da menina.
Em documento enviado à Vara da Infância e da Juventude, consta que a menina ficou imobilizada durante o ataque, que durou cinquenta minutos, dentro de uma cabine do banheiro masculino. O caso corre em segredo de Justiça e, segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, o processo foi cadastrado e aguarda a distribuição. Um promotor da Vara da Infância e da Juventude avaliará um pedido de internação do trio em uma unidade da Fundação Casa.
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(Da redação, com Estadão Conteúdo)