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Alckmin adia por um ano obra de Metrô até Guarulhos

Governo explicou que a suspensão se deve às restrições orçamentárias feitas pela União e que preferiu dar prioridade para obras que já estão em andamento

Por Da Redação
8 jan 2016, 08h42

O governo Geraldo Alckmin (PSDB-SP) suspendeu por pelo menos mais 12 meses o início das obras para extensão da Linha 2-Verde do Metrô até Guarulhos. Atualmente, o ramal liga a Vila Madalena, na Zona Oeste, à Vila Prudente, na Zona Leste. O congelamento foi oficializado por aditivos contratuais publicados pelo Metrô no Diário Oficial do Estado no último dia do ano de 2015 (31 de dezembro).

Com a medida, já são quatro as linhas de transporte suspensas pelo governo estadual desde a reeleição de Alckmin, em 2014. Em todos os casos, o governo alega que, diante das incertezas da economia, preferiu dar prioridade para obras que já estão em execução.

No caso da extensão da Linha 2-Verde, a emissão da ordem de serviço para o início das obras vinha sendo atrasada desde setembro de 2014, quando o governo terminou a licitação e assinou contratos com oito consórcios de construtoras diferentes – cada um para a execução de um lote da obra. O Estado tem autorização ambiental para construir 12,5 quilômetros de novas linhas de metrô, totalizando doze novas estações e uma nova conexão com a Estação Vila Prudente, atual parada final da linha. Também há previsão de construção de pátio de manobras e de manutenção para os 35 trens que a linha deve ter.

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Os demais ramais suspensos são os monotrilhos da Linha 15-Prata, também na Zona Leste, paralisado a partir de São Mateus, sem seguir para Cidade Tiradentes; da Linha 17-Ouro, na Zona Sul – que iria até o Morumbi, em uma das pontas, e até Jabaquara, na outra, mas agora só está prometido entre o Aeroporto de Congonhas e a Marginal do Pinheiros; e ainda a Linha 18-Bronze, monotrilho da capital até o ABC, que teve os contratos para as obras assinados em 2014 e, agora, está parado.

A extensão da Linha 2-Verde fez parte de um projeto apresentado há 11 anos pelo governo de São Paulo, que definiu a chamada “rede essencial do Metrô”, com propostas para ramais que deveriam estar em operação total até o ano de 2020. Nenhuma das seis linhas previstas saiu do papel. O plano é citado no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e no Relatório de Impactos Ambientais (Rima) aprovado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que liberou as obra da Linha 2.

Os estudos do Metrô, que tinham como base a Pesquisa Origem-Destino de 1997, previam que a cidade deveria ter, daqui a quatro anos, uma rede metroviária de 163 quilômetros. Atualmente, são 68,5 quilômetros – sem contar trechos em obras na Linha 5-Lilás (Zona Sul), 6-Laranja (Zona Norte) e os monotrilhos das zonas Sul e Leste.

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Em nota, o Metrô relacionou a suspensão de obras na Linha 2-Verde às restrições orçamentárias feitas pela União para o ajuste fiscal. Parte do financiamento vinha de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Em decorrência da não liberação de limite pela União durante o Plano de Ajuste Fiscal, no segundo semestre de 2015, de um financiamento de 2,5 bilhões de reais via BNDES previstos para a extensão da Linha 2-Verde, os oito contratos da obra foram suspensos até dezembro de 2016”, disse a empresa estadual, em nota.

“Priorizando a conclusão de empreendimentos já iniciados, o governo do Estado decidiu realocar os recursos de outro financiamento do BNDES destinado à Linha 2 [1,5 bilhão de reais] para a conclusão de duas obras já em andamento: 760 milhões de reais para a Linha 5-Lilás [na Zona Sul] e 740 milhões de reais para a Linha 6-Laranja [feita por meio de uma parceria público-privada]”, prosseguiu o texto. “A medida foi aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo em dezembro de 2015”, concluiu.

(Com Estadão Conteúdo)

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