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Alckmin pede urgência na votação de penas mais duras para menores

Líderes dos partidos na Câmara decidirão se a proposta do governador será analisada em caráter de urgência, sem passar pelas comissões

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 abr 2013, 17h42

Os presidentes da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), prometeram levar adiante a proposta do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), para alterar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O projeto poderá tornar mais rígida a punição para menores infratores reincidentes ou que cometerem crimes graves – como homicídio, latrocínio ou estupro. Alckmin esteve nesta terça-feira em Brasília para apresentar a proposta, elaborada após a morte do universitário Victor Deppman, de 19 anos, há uma semana. O jovem foi baleado na cabeça em um assalto por um menor que já tinha passagem pela Fundação Casa.

O esforço do governador é para que os líderes das bancadas na Câmara aprovem um requerimento de urgência que extingue a necessidade de o texto ser analisado nas comissões antes de chegar ao plenário. Pelo rito tradicional da Casa, projetos chegam a levar meses ou até anos para tramitar nas comissões temáticas antes de ser analisados pelo plenário. “Nós estamos otimistas que conseguiremos que os líderes assinem o regime de urgência. Estudamos muito a matéria, que ficou bastante objetiva”, afirmou o governador.

O presidente da Câmara disse que caberá aos líderes avaliarem a possibilidade de dar urgência à proposta. “Essa Casa poderá responder, muito em breve, essa grande ansiedade do povo brasileiro. As demandas são crescentes, adquirem outras configurações e exigem uma resposta muito rápida”, afirmou.

O texto apresentado por Alckmin propõe que a pena máxima de privação de liberdade passe de três para oito anos, caso o acusado seja reincidente em um crime considerado grave, como homicídio e latrocínio. O projeto também diz que, ao completar 18 anos, o interno da Fundação Casa – instituição paulista onde os menores cumprem as medidas socioeducativas – pode ser enviado para uma ala de adultos, após avaliação de uma junta interdisciplinar.

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Prioridade – Após uma breve conversa com o governador, Renan Calheiros elogiou o projeto de lei. “A proposta aponta um caminho para que possamos resolver esse problema que a sociedade tanto debate”, afirmou. Calheiros se comprometeu a tornar o texto uma prioridade do Senado.

Questionado se procuraria o Palácio do Planalto, Alckmin disse que conversou com o vice-presidente da República, Michel Temer, e que a conversa foi “muito positiva”. “O que o governo tem restrições é à redução da maioridade penal”, afirmou.

Antes de deixar o Congresso, o governador de São Paulo voltou a ressaltar a importância de atualizar o ECA. Ele afirmou que as medidas atuais são eficazes, mas não correspondem à demanda. “Em 1990, quando foi criado o ECA, o Brasil não tinha nem o crack. Nós estamos em outro momento da história.”

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Em entrevista a VEJA, na edição de 20 de fevereiro, Alckmin já havia se manifestado a favor de uma alteração para tornar o ECA mais rígido em casos de infrações graves e reincidência. “Hoje, o menor infrator só pode ficar três anos na Fundação Casa e sai automaticamente aos 21 com a ficha limpa. Queremos que, no caso de infrações graves, o tempo aumente para oito anos e ele cumpra a pena até o fim”, disse. “Esse é um debate que o Congresso terá de enfrentar”, completou.

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