Alckmin: Chacina na Grande São Paulo é ‘intolerável’
Dezoito pessoas morreram e seis ficaram feridas na noite de quinta-feira nas cidades de Osasco e Barueri. Secretaria excluiu morte em Itapevi da chacina
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, esteve na tarde desta sexta-feira na Delegacia Seccional de Osasco para acompanhar os trabalhos de investigação dos ataques que deixaram dezoito mortos na noite de quinta-feira. O tucano classificou a chacina como “intolerável” e prometeu empenho das autoridades estaduais para “esclarecer o caso o mais rapidamente possível”.
O secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, a diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Elisabete Sato, e o superintendente da Polícia Técnico Científica, Ivan Miziara, também compareceram à delegacia.
Questionado sobre a suspeita de que a ação teve a participação de policiais militares, Alckmin preferiu não comentar. “Há necessidade de esclarecer a relação entre elas (as mortes), a causa e a prisão dos envolvidos.”
Chacina – Dezoito pessoas morreram e seis ficaram feridas na noite de quinta-feira nas cidades de Osasco e Barueri. O número divulgado anteriormente era de dezenove assassinatos, mas o secretário de Segurança de São Paulo, Alexandre de Moraes, excluiu a morte ocorrida em Itapevi.
Dos dezoito mortos, seis tinham passagens pela polícia. Os crimes ocorreram das 21 horas às 23 horas. A polícia suspeita de que as mortes tenham ocorrido em reação ao latrocínio de um policial militar em Osasco e um guarda civil metropolitano em Barueri.
Testemunhas relataram que, antes de atirar, os criminosos teriam questionado sobre quem tinha passagem policial. O secretário de Segurança Pública disse que perguntar sobre o passado criminal e usar coturno é “típico de quem quer fingir que é um policial”.
Áudio – Em áudio de autoria desconhecida, um homem, que se identifica como integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), avisa que haverá toque de recolher em Osasco, na noite desta sexta-feira. A informação circula pelo WhatsApp entre moradores do Jardim Mutinga, região do bar em que dez pessoas foram baleadas.
(Com Estadão Conteúdo)