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Ajuda a Rio do Sul só chega de helicóptero

O site de VEJA acompanhou uma operação da Força Aérea Brasileira para entrega de mantimentos nas cidades atingidas pelas chuvas

Por Fernando Alécio, de Navegantes
11 set 2011, 21h00

No total, 91 cidades foram atingidas, afetando 935.932 pessoas. Dessas, 159.490 estão desalojadas e outras 15.020 desabrigadas

Isolada há três dias pelas águas do rio Itajaí-açu, a cidade de Rio do Sul, com 62 mil habitantes, é uma das mais afetadas pela enchente que assola Santa Catarina. Nesta quinta-feira, dia 8, o prefeito Milton Hobus decretou estado de calamidade pública.

Na noite deste domingo, a Defesa Civil registrou 15 mil desalojados e 3 mil desabrigados na cidade localizada no Alto Vale do Itajaí. O nível do rio alcançou, no pico, a marca de 12,96 metros. A prefeitura estima que 90% da cidade foi atingida pela enchente de alguma maneira.

As rodovias que dão acesso a Rio do Sul estão bloqueadas pelos alagamentos e os mantimentos só podem chegar por via aérea. É intenso o movimento de helicópteros entre a cidade e o aeroporto de Navegantes, no litoral catarinense, onde foi montada uma base de operações comandada pela Força Aérea Brasileira (FAB). No total, 11 helicópteros participam dos trabalhos – dois blackhawk da FAB e nove aeronaves das polícias militares de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo.

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O site de VEJA acompanhou uma das viagens para entrega de donativos na tarde de hoje. O blackhawk H-60 da FAB, comandado pelo tenente-coronel Luiz Marques de Lima, partiu de Navegantes carregado com duas toneladas de alimentos e material de limpeza. O trajeto até Rio do Sul levou cerca de 30 minutos e a aeronave pousou num campo de futebol no bairro Boa Vista.

Logo depois do pouso, os donativos foram rapidamente descarregados por militares e voluntários. Posteriormente, foram transportados por uma Kombi da prefeitura até a sede provisória da Secretaria da Assistência Social e Habitação de Rio do Sul e, de lá, distribuídos para a população.

Falta água e comida – O morador Nivaldo Gomes, 55 anos, conta que a principal necessidade da população de Rio do Sul é água potável e alimentação. “Tem gente passando fome”, relata. “Os alimentos que chegam são levados aos abrigos, mas as pessoas que estão alojadas na casa de familiares também estão sem comida”. Nivaldo também denuncia abuso no preço da água no comércio local. “Estão vendendo o galão a 20 reais”.

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O isolamento da região também prejudica o atendimento médico. Um grupo de nove pessoas que fazem hemodiálise estava isolado no município de Pouso Redondo e precisaram ser resgatados e levados pela FAB até Rio do Sul, onde fazem o tratamento que estava parado por causa da interrupção do acesso entre as duas cidades pela rodovia BR-470. “Buscamos uma senhora que já estava bastante debilitada”, contou um dos militares que participou da operação.

No estado – Segundo a Defesa Civil de Santa Catarina, nove municípios decretaram estado de calamidade pública em consequência das fortes chuvas: Agronômica, Rio do Sul, Lontras, Brusque, Ituporanga, Aurora, Presidente Getúlio, Laurentino e Taió. Outros 36 decretaram situação de emergência.

No total, 91 cidades foram atingidas, afetando 935.932 pessoas. Dessas, 159.490 estão desalojadas e outras 15.020 desabrigadas. Três pessoas morreram.

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