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Agentes da PF continuam em greve em todo o país

Verificação mais rigorosa de bagagens e documentos pode causar filas em aeroportos. Delegados também paralisaram as atividades nesta quarta-feira

Por Da Redação
8 ago 2012, 13h41

Policiais federais dos 26 estados do país mais o Distrito Federal continuam em greve por tempo indeterminado. A estimativa da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) é que 7.000 dos 9.000 agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal tenham aderido ao movimento. Apenas 30% do total do efetivo continuam trabalhando para a manutenção dos serviços essenciais. Segundo o comando de greve, entre as prioridades estão as emissões de passaportes de emergência, investigações importantes, segurança de testemunhas e custódia de presos. Os policiais reivindicam a restruturação da carreira, aumento salarial e a saída do atual diretor-geral da PF, Leandro Daiello. A federação reclama que Daiello privilegia os delegados. De acordo com o presidente da Fenapef, Marcos Wink, a categoria está sem aumento desde 2006 e negocia há dois anos com o governo, por meio do Ministério do Planejamento, a reestruturação de carreiras e a exigência de nível superior. Segundo os servidores, seus salários variam entre 7 000 reais e 11 000 reais. Já os delegados e peritos da PF recebem entre 13 400 reais e 19 600 reais. “Nosso objetivo não é prejudicar a população”, afirmou o presidente da Fenapef. “Estamos fazendo essa greve para chamar a atenção do governo. Assim que notarmos uma abertura para conversa, o movimento pode ser suspenso”, disse. De acordo com Wink, está marcada para esta quarta-feira uma marcha da sede da corporação em Brasília até o Ministério da Justiça, onde acontecerá uma reunião às 19 horas com o ministro José Eduardo Cardozo. O ministério ainda não confirmou o encontro. No Rio de Janeiro, os policiais federais usaram a ponte Rio-Niterói para protestar. Ao fechar parcialmente a via, o resultado mesmo uma hora após o fim do ato foi um grande congestionamento no sentido capital – que deve se prolongar até o início da noite, segundo a concessionária responsável. A mobilização teve início às 13 horas, quando agentes da PRF fecharam duas pistas de cada sentido para uma blitz que reivindicava melhores condições de trabalho. Para complicar ainda mais o trânsito, um ônibus pegou fogo também no sentido Rio, obrigando a interdição da pista por mais meia hora.

Aeroportos – Com a greve, os principais problemas para a população devem acontecer nos aeroportos. A checagem rigorosa de documentos e bagagens de passageiros que embarcam e desembarcam, chamada de operação-padrão, está marcada para acontecer em todo o país. No Rio de Janeiro, o procedimento deve acontecer a partir das 15 horas no aeroporto Galeão. Com isso, o horário de pico da chegada de voos internecionais deve ser de tumulto. Em São Paulo, a operação-padrão está marcada para esta quinta-feira, nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos, podendo gerar filas. Normalmente, a verificação de bagagem e documentos é feita por amostragem somente em alguns voos. Segundo Wink, cada estado montou um esquema diferente para atender a população na emissão de passaportes, mas, em geral, apenas casos de emergências serão concedidos. “Pedimos para aquelas pessoas que só vão viajar daqui a alguns meses que tenham paciência e remarquem a data”, disse. “A prioridade será para quem perdeu um familiar, tem que viajar por motivo de doença ou para aquelas pessoas que já compraram a passagem, por exemplo”. Delegados – Nesta quarta-feira, os delegados da Polícia Federal também decidiram realizar uma paralisação, mas por reivindicações diferentes. Os 1.700 representantes da categoria acusam o governo federal de desrespeitar o órgão e reduzir o efetivo. Os delegados defendem recomposição salarial por perdas inflacionárias, uma vez que “a defasagem salarial é generalizada na instituição”, diz nota divulgada pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF). Entretanto, diferentemente dos outros agentes que estão em greve, os delegados não concordam com o afastamento do diretor-geral da PF, Leandro Daiello. De acordo com a ADFP, caso não haja sinalização favorável do governo após a paralisação de hoje, a categoria intensificará o movimento. Novas paralisações voltarão a ocorrer, até a deflagração de greve geral por tempo indeterminado.

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