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Aécio promete rever relações com países produtores de drogas

Tucano participou de encontro com mulheres em diretório do PSDB. E disse que atual governo é leniente com a situação da segurança pública

Por Bruna Fasano
17 set 2014, 15h28

O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou nesta quarta-feira que, se eleito, pretende rever as relações diplomáticas do Brasil com países produtores de drogas. O tucano citou como exemplos Bolívia, Paraguai e Colômbia. Em encontro com mulheres no diretório estadual da sigla, na capital paulista, Aécio foi questionado sobre a relação entre jovens, drogas e os altos índices de criminalidade.

“Sabemos que as drogas e as armas que matam no Brasil não são produzidas no Brasil. São produzidas aqui do lado. Esse é um tema em que ninguém tocou ainda e estou tocando”, disse a uma mãe cujo filho foi assassinado após ter o celular furtado por um menor. “A Bolívia produz hoje quatro vezes mais folhas de coca do que consome nos altiplanos. E produz com a complacência, conivência e vistas grossas do governo de lá. No meu governo só vai haver relação com esses países quando eles tiverem a responsabilidade de inibir o cultivo seja da matéria prima ou da própria droga. O que é produzido lá vem matar gente aqui. Eu proponho uma relação diferenciada”, completou.

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Questionado sobre suas propostas para modificar as relações bilaterais, o tucano respondeu enfaticamente: “Vamos pôr o dedo na ferida. O Brasil financia obras nesses países. O BNDES está volta e meia dando financiamento. Temos relações de solidariedade com esses países, que serão mantidas a partir do momento que eles tenham responsabilidade com a condução de suas políticas de terras. É uma coisa absolutamente nova e vai estar explicitada no nosso programa de governo”, prometeu. O candidato ainda não definiu uma data para divulgar as propostas, embora já tenha prometido em duas ocasiões que isso seria feito “em breve”.

Durante entrevista coletiva após o encontro, o tucano reafirmou que, além da Bolívia, Paraguai e Colômbia entrariam no rol de países que precisam ter relações diplomáticas e econômicas revistas. “O Brasil tem um número grande de parcerias com esses países. E não cobra em contrapartida nenhuma ação efetiva para coibir a produção de drogas que atravessam as nossas fronteiras de forma absolutamente livre para matar aqui no Brasil. Temos que tratar a questão da segurança pública em um plano mais amplo”, afirmou.

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O tucano ainda direcionou críticas ao governo federal e atacou a presidente-candidata Dilma Rousseff (PT). Aécio afirmou que o governo petista é “leniente” com a segurança pública e que não fiscaliza as fronteiras. E citou o que chamou de “genocídio” de jovens e negros que morrem vítimas das drogas. “Vamos conduzir uma política externa não para ser apreciada por países vizinhos, como fez o PT. Mas para ser respeitada por eles. Não vou terceirizar responsabilidades. O atual governo assiste ao crescimento da criminalidade, da violência, terceirizando responsabilidades. E não executando o orçamento de segurança pública. No meu governo vai ser diferente”, prometeu.

O candidato do PSDB ainda se comprometeu a intensificar o controle das fronteiras, caso vença a eleição. “Não daremos, no nosso governo, financiamento nem estabeleceremos parcerias com países que não tiverem um programa confiável de diminuição e inibição da produção de drogas. Estou sinalizando de forma muito clara. Nós vamos ter uma conversa num nível diferenciado com países que aceitam a produção ou de drogas ou de matéria prima de drogas em seu território. Chega de fazer vistas grossas”, afirmou Aécio.

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