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Aécio Neves lança programa Nordeste Forte

Investida do candidato no segundo maior colégio eleitoral do país (somados os nove Estados) é considerada crucial para evitar que Dilma abra vantagem

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
23 ago 2014, 17h56

O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, lançou neste sábado, em Salvador, um conjunto de propostas para desenvolver a região Nordeste, aumentando e qualificando programas de infraestrutura e logística e traçando metas para a ampliação do programa Bolsa Família e de repasses de recursos federais para a educação. Conforme antecipou o site de VEJA, o Nordeste Forte contempla “ações estratégicas” nas áreas de infraestrutura, combate à pobreza, qualidade de vida, segurança pública, educação e ciência e tecnologia e deve desenvolver políticas específicas para cerca de 100 microrregiões.

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A investida de Aécio Neves no Nordeste, que, somados os nove Estados, é o segundo maior colégio eleitoral do país, é considerada crucial para a campanha do tucano como forma de evitar que a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, abra ampla vantagem na região. Internamente, os tucanos trabalhavam para que Aécio tivesse pelo menos 18% dos votos no Nordeste, mas a tragédia que matou o candidato do PSB e ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos embaralhou o xadrez político na região e os apoiadores do tucano trabalham agora para que ele se torne competitivo e não seja ultrapassado pela candidata Marina Silva. Neste sábado, Aécio minimizou o risco eleitoral de que Marina conquiste votos como resultado da comoção pela morte de Eduardo Campos. “Temos um projeto mais consistente para o Brasil, para ganhar e para governar”, disse.

No lançamento das propostas do Nordeste Forte, aliados de Aécio criticaram a tática do PT de espalhar boatos sobre o fim do Bolsa Família e de alardear que a continuidade do programa dependeria da reeleição da presidente Dilma Rousseff. “O PT não tem limites na mentira e na tentativa de iludir e enganar as pessoas. Aécio enfrenta o desafio [da candidatura à presidência] e o PT tenta espalhar a mentira e disseminar o medo. Aécio vai ser presidente não apenas para preservar os bons programas, mas para ampliá-los”, disse o prefeito de Salvador ACM Neto (DEM).

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“Na administração do PT, o governo federal vê o Nordeste como uma parte acessória no país. No Nordeste, problemas são resolvidos com programas sociais e compensatórios e um ‘subsidiozinho’ para determinada área, mas grandes indústrias, investimentos em tecnologia, investimentos em infraestrutura, aí não. O que está acontecendo é que neste processo está se perpetuando a pobreza do Nordeste”, disse o ex-governador do Ceará Tasso Jereissati (PSDB), candidato ao Senado. “Por causa da visão de que o Nordeste só precisa de políticas sociais é que em cada eleição temos sido chantageados com o governo dizendo e ameaçando de maneira covarde a população mais pobre falando que os adversários vão acabar com o Bolsa Família”, avaliou.

“O PT perdeu a validade no Brasil”, completou o ex-governador da Bahia Paulo Souto (DEM), que disputa novamente o governo estadual. “A presidente Dilma está enganando o Brasil. O Nordeste é uma região que merece respeito. Deu vitórias maiúsculas a três governos do PT, mas foi enganado. Prometeram tudo, não fizeram quase nada, mas os votos levaram”, afirmou o senador José Agripino, coordenador da campanha de Aécio.

Entre as propostas do tucano para a região Nordeste estão o aumento do piso do programa Bolsa Família, dos atuais 77 reais para no mínimo 83 reais mensais, e a destinação de pelo menos 22 bilhões de reais até 2018 da parcela que a União injeta no Fundeb (fundo destinado à educação básica). O foco no Bolsa Família não é por acaso: o programa assistencial é considerado um dos maiores “cabos eleitorais” da presidente Dilma Rousseff. Este ano o Estado da Bahia, governado pelo petista Jaques Wagner, foi o que mais recebeu repasses do governo federal no programa Bolsa Família. Foram 1,36 bilhão de reais, segundo o Portal da Transparência, sendo que as principais beneficiárias são Salvador, com 113,8 milhões de reais este ano, Feira de Santana, com 29,2 milhões de reais, e Vitória da Conquista, com 21,9 milhões de reais.

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