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Aécio e Campos pedem punição por farsa na CPI

VEJA desta semana revelou que o governo e o PT no Senado montaram um esquema para fraudar depoimentos à CPI da Petrobras no Senado – perguntas foram entregues com antecedência aos investigados, que receberam treinamento para respondê-las

Por Marcela Mattos, de Porto Alegre, e Laryssa Borges, de Brasília
Atualizado em 10 dez 2018, 11h19 - Publicado em 2 ago 2014, 16h42

Os candidatos à Presidência da República Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) condenaram neste sábado a farsa montada pelo governo e pelo PT para impedir investigações na CPI da Petrobras no Senado. Reportagem de VEJA desta semana revela que governistas montaram uma estratégia para treinar os principais depoentes à comissão de inquérito, repassando a eles previamente as perguntas que seriam feita na CPI e indicando as respostas que deveriam ser dadas.

Em maio, depois de não ter conseguido minar as articulações para a criação de uma CPI para apurar irregularidades na Petrobras, o governo escolheu os senadores Vital do Rêgo (PMDB-PB) para presidir o colegiado e José Pimentel (PT-CE) para a relatoria, mantendo pleno controle da condução das investigações. Vídeo obtido por VEJA confirma a farsa montada para blindar dirigentes da estatal e impedir investigações de irregularidades na empresa. Paulo Argenta, assessor especial da Secretaria de Relações Institucionais; Marcos Rogério de Souza, assessor da liderança do governo no Senado; e Carlos Hetzel, secretário parlamentar do PT na Casa, formularam perguntas aos depoentes e atuaram para que as respostas, tal qual um gabarito de prova, fossem entregue às pessoas que falariam à comissão. O kit de perguntas e respostas foi distribuído ao ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli e ao ex-diretor Nestor Cerveró, apontado como o autor do “parecer falho” que levou a estatal do petróleo a aprovar a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, um negócio que causou prejuízo de quase 1 bilhão de dólares à empresa. A atual presidente da companhia Graça Foster também recebeu as perguntas da CPI por meio do chefe do escritório da empresa em Brasília, José Eduardo Barrocas.

“São denúncias extremamente graves que envolvem senadores, servidores da Petrobras, da Presidência da República e do Senado. O PSDB irá tomar as medidas judiciais necessárias, representando seja no Conselho de Ética do Senado, seja na Comissão de Ética Pública da Presidência, em relação à conduta que, se confirmadas, são vedadas a servidores públicos”, disse Aécio Neves, que cumpre agenda em Porto Alegre. Para ele, a população foi “enganada” pela farsa da CPI da Petrobras.

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“A denúncia mostra que houve uma farsa, servidores da Petrobras, servidores públicos enganando a sociedade brasileira, trocando informações, numa grande encenação. É um enorme desrespeito ao Congresso Nacional e os responsáveis tem que dar explicações. A investigação tem que ocorrer, as pessoas envolvidas têm que explicar o que efetivamente aconteceu. Punições terão que ocorrer”, afirmou o tucano.

O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, defendeu a punição dos envolvidos em irregularidades e disse que a CPI do Senado, mesmo com a encenação de depoimentos, não vai conseguir esconder os malfeitos realizados na estatal. “Pode se fazer o media training e o que for, mas os resultados da Petrobras estão lá. A Petrobras perdeu metade do valor de mercado que tinha, está quatro vezes mais endividada, as encomendas estão ficando sempre para depois”, criticou. “Não vai se conseguir numa democracia, com os meios de comunicação livres, com os órgãos de fiscalização ativados para fazer o seu papel, esconder os erros. Os erros vão ser revelados e quem errou deve pagar. A gente tem que salvar a Petrobras dessa situação em que a colocaram porque ela é muito importante para o futuro do Brasil”, disse.

Geraldo Magela/Ag. Senado

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